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07/07/2009 - 20h58

Telefônica precisa de plano a longo prazo para Speedy, dizem especialistas

Da Redação
Analistas acreditam que os R$ 70 milhões anunciados pela operadora Telefônica em resposta à determinação da Anatel por conta dos constantes problemas do Speedy não são suficientes caso a operadora não apresente soluções a longo prazo que garantam a qualidade do serviço.

Para Eduardo Tude, analista de telecomunicações, a proposta apresentada pela Telefônica ataca exatamente os "gargalos" do serviço. "O investimento em links de acesso e aumento da capacidade dos roteadores, por exemplo, respondem a boa parte dos problemas enfrentados pela operadora", explica.

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O único ponto negativo para o analista é se a lista de soluções não for planejada a longo prazo. "As medidas garantem uma 'folga' na rede, mas o número de usuários cresce todos os dias. Assim, não demora para que novos problemas possam acontecer", conclui.

Para se ter uma ideia, o número de clientes de banda larga da operadora no primeiro trimestre de 2009 chegou a 2,65 milhões de usuários —o que representa uma alta de 22,7% em relação ao número de clientes conquistados no primeiro trimestre de 2008. Em 5 anos, a base cresceu oito vezes. Esses números incluem os serviços Speedy e Ajato.

Frederico Turolla, também analista de telecomunicações, acredita que o plano de ações apresentado pela Telefônica não resolverá os problemas de banda larga no Brasil. "Existem vários pontos negativos no ambiente regulatório, que não estimula a competição entre as operadoras e, consequentemente, colabora para que a qualidade do serviço não seja a ideal", explica.

Para ele, deveria haver mais competição dentro da própria rede da concessionária —conhecido como "umbundling", a ideia é que, em vez de ter quase que exclusividade sobre a operação de serviços usando seus cabos, a operadora de telefonia fixa de uma região poderia cobrar uma taxa sobre sua estrutura para que outras empresas explorassem o serviço na área.

A prática já é feita em alguns lugares dos Estados Unidos e Europa.

Provedores poderiam controlar DNS

Uma outra solução apresentada pela Associação dos Provedores de Internet (Abranet) para reduzir os problemas de banda larga no país seria os provedores oferecerem endereços próprios de DNS durante o processo de autenticação. O objetivo é que cada usuário do serviço Speedy pudesse "entrar em contato com o provedor de internet que é assinante, para que o seu provedor lhe informe os IP´s dos seus próprios servidores de endereços de DNS".

De acordo com a Abranet, falhas como as ocorridas na Telefônica seriam minimizadas, "tendo em vista a pulverização dos endereços de servidores de DNS´s em centenas de provedores no Estado de São Paulo".
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