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20/08/2009 - 18h10

Anatel adia liberação da venda do Speedy

Da Redação
O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) manteve a suspensão da venda do serviço de banda larga Speedy, prestado pela Telefônica. A comercialização do serviço está proibida desde o dia 23 de junho.

O conselheiro Plínio de Aguiar, um dos 5 membros, pediu para analisar melhor o assunto. A discussão volta à pauta na próxima reunião que deve ocorrer quinta-feira, dia 27.

Diante da demora na decisão da Agência, o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, passou a declarar que a comercialização do serviço poderia ser retomada, pois a Telefônica sentiu as conseqüências da punição e que a pena deveria ser revista.

A decisão mantém a preocupação de prestadoras de serviço terceirizadas da Telefônica que, com a suspensão das vendas, deixaram de atender a cerca de 200 mil pedidos de instalação durante os dois meses de punição.

Segundo o Sindicado das Empresas Prestadoras de Serviços de TV por Assinatura e Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sitesp), a Telefônica remunera essas empresas por cada chamado. Como consequência da proibição, elas poderiam demitir cerca de 5 mil funcionários, além de deixar de contratar outros 1.200.

A suspensão também atinge consumidores que tinham o Speedy como única opção de acesso à banda larga, segundo a Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrappit). Atualmente a Telefônica atende a cerca de 97% da população do Estado de São Paulo.

Ações

Na mesma semana da suspensão, a Telefônica foi à Brasília apresentar um plano de contingência, atendendo ao pedido da Anatel. A empresa afirmou que planejava investir R$ 70 milhões em sua rede. A principal medida seria duplicar de dois para quatro o número de servidores DNS (Domain Name Service), responsáveis pela "tradução" de URLs (como www.uol.com.br) para endereços de IP (protocolo de internet).

Durante o período foram feitas especulações quanto à data de liberação das vendas do Speedy, como, por exemplo, em 20 de julho data limite imposta pela Anatel para que a Telefônica apresentasse o plano. Três dias antes (em 17 de julho), no entanto, a Telefônica anunciou que já havia concluido da primeira fase do plano de recuperação e passou a aguardar pela liberação.

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