O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) manteve a suspensão da venda do serviço de banda larga Speedy, prestado pela Telefônica. A comercialização do serviço está
proibida desde o dia 23 de junho.
O conselheiro Plínio de Aguiar, um dos 5 membros, pediu para analisar melhor o assunto. A discussão volta à pauta na próxima reunião que deve ocorrer quinta-feira, dia 27.
Diante da demora na decisão da Agência, o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, passou a declarar que a
comercialização do serviço poderia ser retomada, pois a Telefônica sentiu as conseqüências da punição e que a pena deveria ser revista.
A decisão mantém a preocupação de prestadoras de serviço terceirizadas da Telefônica que, com a suspensão das vendas,
deixaram de atender a cerca de 200 mil pedidos de instalação durante os dois meses de punição.
Segundo o Sindicado das Empresas Prestadoras de Serviços de TV por Assinatura e Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sitesp), a Telefônica remunera essas empresas por cada chamado. Como consequência da proibição, elas poderiam demitir cerca de 5 mil funcionários, além de deixar de contratar outros 1.200.
A suspensão também atinge consumidores que tinham o Speedy como única opção de acesso à banda larga, segundo a Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrappit). Atualmente a Telefônica atende a cerca de 97% da população do Estado de São Paulo.
AçõesNa mesma semana da suspensão, a Telefônica
foi à Brasília apresentar um plano de contingência, atendendo ao pedido da Anatel. A empresa afirmou que planejava investir R$ 70 milhões em sua rede.
A principal medida seria duplicar de dois para quatro o número de servidores DNS (Domain Name Service), responsáveis pela "tradução" de URLs (como www.uol.com.br) para endereços de IP (protocolo de internet).
Durante o período foram feitas
especulações quanto à data de liberação das vendas do Speedy, como, por exemplo, em 20 de julho data limite imposta pela Anatel para que a Telefônica apresentasse o plano. Três dias antes (em 17 de julho), no entanto, a Telefônica
anunciou que já havia concluido da primeira fase do plano de recuperação e passou a aguardar pela liberação.
PROBLEMAS GRAVES NO SPEEDY COMPLETAM 1 ANO
02/07/2008 | 20/02/2009 | 06/04/2009 | 18/05/2009 |
Interrupção no Estado de São Paulo | Incêndio em datacenter | Ataques de negação de serviço | Lentidão e intermitência no serviço de DNS |
Aproximadamente 2 milhões de usuários residenciais são afetados, além de órgãos públicos do Governo do Estado de São Paulo e corporações privadas. | Incêndio em prédio da operadora em Barueri afeta datacenter e derruba acesso de clientes à internet | Um ataque de hacker aos servidores DNS da operadora foi responsável pelos problemas de acesso enfrentados pelos usuários | Operadora sinaliza dois períodos de instabilidade na infraestrutura que dá suporte ao acesso à rede mundial de computadores. |