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24/10/2008 - 07h00 / Atualizada 29/10/2009 - 19h23

Celulares vão do mero realizador de chamadas ao tudo-em-um; saiba escolher o seu

SÉRGIO VINÍCIUS | Para o UOL Tecnologia
Reprodução

Celulares são, há muito tempo, cada vez menos telefones. Isso porque o ato de realizar chamadas tornou-se uma espécie de coadjuvante em um aparelho que toca música, tira fotos e orienta motoristas pelas ruas via GPS.

Como escolher o equipamento tem também menos a ver com o poder aquisitivo —já que em planos pós-pagos as operadoras costumam conceder descontos que beiram os 100% aos usuários — do que com as necessidades do usuário. Se quiser optar por um aparelho que somente ligue e desligue, é possível. Se quiser um telefone que faça tudo, também.

"A escolha de um celular depende das necessidades do consumidor e do que ele espera do aparelho móvel. Há no mercado celulares simples, com funções de voz, SMS (mensagens curtas) e rádio FM", diz a diretora de comunicação da Nokia, Jô Elias. "Mas há também smartphones com GPS, tocadores de música de vários formatos, câmera de 5 megapixels, gravador de vídeos, e-mail e acesso à Internet em alta velocidade por meio de redes 3G".

Do portfólio das principais operadoras do país, os modelos mais simples podem ser adquiridos por pouco mais de R$100 (sem considerar o desconto das operadoras). Esse aparelhos de entrada contam com, normalmente, visor de 65 mil cores, viva-voz, alerta vibratório, calculadora, melodias personalizáveis, cronômetro, lanterna, calendário e jogos, além dos serviços de voz e mensagem.

Para ir além disso, já é necessário optar por modelos específicos e escolher as funções desejadas do celular. Para quem quer aposentar o player de MP3 e adquirir um "celular musical" é importante observar alguns detalhes.

Um aparelho que substitui um tocador de música dedicado deve apresentar algumas características fundamentais, como capacidade mínima de 2 GB para armazenamento de músicas, seja ela nativa ou já expandida via cartão de memória. A facilidade de uso e teclas de acesso rápido contam pontos no celular "musical".

"É importante que o dispositivo seja capaz de equalizar músicas e suportar diversos formatos e extensões de arquivos, além do conhecido MP3. A compatibilidade com acessórios voltados para música, como fones Bluetooth e caixas de som, também é importante", diz Jô Elias.

Para fotografar com o telefone

Para amantes da fotografia, há diversos celulares no mercado com câmeras integradas, mas nem todos podem substituir as máquinas digitais. Quando a resolução do aparelho é VGA, o resultado da foto é pouco melhor do que um borrão.

O primeiro ponto a se observar em um celular que tire fotografias é a quantidade de megapixels da máquina. As de 5 megapixels realizam um ótimo trabalho —mas já há no mercado celulares com câmeras de até 10 megapixels. Nesse caso (e em outros, como qualidade dos componentes da câmera) quanto mais, melhor.

"Além da quantidade de megapixels, qualidade em componentes como lentes, flash e zoom devem ser observados. O conjunto de todos esses fatores é o que fará do dispositivo uma ótima câmera digital.", diz Jô, da Nokia. "Lentes Carl Zeiss e flash de xenon, ambos usados em máquinas profissionais, podem ser diferenciais".

Como máquina fotográfica, ainda é interessante que o aparelho tenha medidas confortáveis para o manuseio —de forma que proporcione uma verdadeira experiência de fotografia. "Os usuários costumam obter melhores experiências com o aparelho na horizontal, formato em que ele pode ser empunhado como uma câmera fotográfica dedicada, dando mais firmeza na hora de tirar a foto", aponta a executiva da Nokia.

Por fim, no âmbito fotográfico, é importante que o aparelho também tenha uma memória considerável para o armazenamento de fotos e disponibilize programas de edição de imagens no próprio produto. Cada vez mais, os usuários querem tirar fotos e compartilhá-las. Há no mercado opções de telefones com câmeras que colocam as fotos na Internet automaticamente, sem a necessidade de passá-las para um computador.

Portabilidade do aparelho

Sob o prisma de tamanho e leveza, atualmente, quanto mais fino e compacto, mais moderno é o aparelho. As principais fabricantes no Brasil já oferecem aparelhos com 10 milímetros de espessura e que oferecem amplo suporte a música, boa resolução para fotografias (2 megapixels) memória expansível a até 4 GB.

Celulares top de linha, entretanto, agregam detalhes como ótima câmera fotográfica, excelente suporte a música e arquivos de aplicativos de escritório e até mesmo dimensões medianas.

Essas espécies de "tudo-em-um", oferecem suporte a Bluetooth, têm tela com 16 milhões de cores, GPS embarcado e não custam menos de R$ 2.190 (desconsiderando descontos das operadoras).

Entre R$ 100 e R$ 2.190, além de alguns muitos "reais" de diferença, está também uma infinidade de características que podem agradar a esse ou aquele consumidor, de acordo com o perfil —o que pode até mesmo configurar que telefones celulares são, sim, investimento.

"O comportamento de cada consumidor dita se é ou não investimento comprar um telefone. Existem usuários que fazem questão de obter sempre o mais moderno e trocar de aparelho a cada seis meses", conta Jô Elias. "Da mesma forma, existem outros que gostam de seu dispositivo e permanecem com ele por longos períodos, mesmo que o mercado lhe ofereça soluções mais modernas".

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