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14/03/2010 - 07h00 / Atualizada 25/03/2011 - 10h38

Usuário básico pode dispensar investimento pesado em processador

BRUNO ROBERTI||Para o UOL Tecnologia
  • Divulgação

    Diferentes modelos, para diferentes usuários, das fabricantes de processadores AMD e Intel

Um usuário que não tem muito tempo e interesse, ou que mexe no computador apenas para realizar as tarefas mais básicas, não precisa de um processador top de linha. Ler e-mails, navegar na internet (em páginas de notícias, blogs e sites de comércio eletrônico, por exemplo), escrever textos, calcular gastos em uma planilha ou montar apresentações não são atividades que exigem um ótimo desempenho do processador.

Sendo assim, o usuário básico pode optar por um chip mais simples e barato, como os Pentium, Celeron e i3, da Intel, e os Athlon e Sempron, da AMD. Esses modelos são capazes de suportar sistemas operacionais atuais e ainda realizam as tarefas necessárias para o usuário com um perfil de uso considerado básico.

Uma busca em um sistema online de comparação de preços indica que um processador básico custa a partir de R$ 100 -- cerca de 10 vezes mais barato que um top de linha. Oficialmente, a Intel (que não divulga valores individuais dos chips, por vendê-los em lotes) afirma que uma máquina básica custa de R$ 1.500 a R$ 2.000. Esse valor, é claro, inclui diversos outros componentes de hardware além do processador. 

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No caso da Intel, o i3 pertence à geração mais nova de processadores; o mesmo acontece com o Athlon II, da AMD. A principal diferença entre os chips antigos e os mais novos é quanto à tecnologia utilizada. A linha Intel Core “i” tem processadores com mais de um núcleo, ou seja, são capazes de dividir as solicitações do usuário em duas áreas diferentes, com o objetivo de otimizar as respostas. No caso do i3, são dois núcleos.

Por conta dessa característica, até os usuários básicos podem optar por chips com mais de um núcleo, que realizam as tarefas de forma mais rápida. Mesmo que eles não sejam extremamente necessários para esse tipo de consumidor hoje em dia, é possível que façam alguma diferença daqui a alguns anos, quando esse mesmo processador ainda estiver em uso na máquina montada atualmente. 

Outra diferença entre os modelos antigos e os novos é que o silício, material usado para fazer os processadores, está menor: isso implica em menos espaço e melhor refrigeração. No i3, por exemplo, o tamanho corresponde a 32 nm (nanômetros). Para se ter uma ideia, 60 milhões de transistores de silício cabem na cabeça de um alfinete.

Ainda dentro da série i3, o usuário pode encontrar modelos diferentes. O que varia entre eles é o clock, que é a velocidade com que o processador realiza as tarefas. A memória cache dos modelos -- onde as informações ficam armazenadas temporariamente, até que sejam processadas -- também varia. Em ambas as características, quanto maior, melhor. Há desde chips i3 com 2,13 GHz de clock e 3MB de cache até 3,06GHz de clock e 4MB de cachê, com preços, em média (e não oficiais), de R$ 350.

Já no caso da AMD, os processadores da antiga geração são os Athlon e Sempron, de um núcleo. Os mais recentes são os Athlon X2 e o Athlon II X2. Além de terem dois núcleos, a arquitetura dos processadores também muda. No caso do Athlon X2, o transistor mede 65 nanômetros e a memória cache é de 1 MB. No Athlon II X2, o tamanho do silício é de 45 nanômetros, e a memória fica em 2 MB. Os chips mais básicos da AMD custam por volta de R$ 250.

Mesmo que os processadores indicados não estejam no topo de linha dos principais fabricantes, o usuário que não aproveita todos os recursos dos softwares consegue melhor custo-benefício com essas alternativas básicas.

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