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22/06/2010 - 07h00 / Atualizada 22/06/2010 - 13h52

UOL Tecnologia testa serviço do Google que usa foto de celular para fazer buscas

GUILHERME TAGIAROLI | Do UOL Tecnologia

Descobrir nome e autor de obras de arte, o tipo do vinho ou, até mesmo, saber o nome de um ponto turístico são algumas das funções do serviço Google Goggles, lançado em dezembro de 2009. O serviço, que realiza uma busca no Google a partir de fotos tiradas com o celular, neste ano ainda ganhou a função de tradução de textos. Para conferir o funcionamento de seus recursos, o UOL Tecnologia realizou testes com o Google Goggles. Confira no vídeo abaixo.

De forma simplificada, o serviço funciona da seguinte forma: com o aplicativo aberto, o usuário aponta a câmera do celular para a imagem e tira uma foto. O programa faz uma espécie de varredura na imagem e realiza uma busca no Google, desde que o telefone portátil tenha conexão com a internet. O Goggles identifica textos, pontos turísticos, obras de arte, logotipos, capas de livro e vinhos, entre outras informações. 

Ainda que no Brasil sejam comercializados vários celulares com o sistema Android, pouquíssimos aparelhos estão habilitados a rodar o aplicativo de busca por imagem. Apenas portáteis com a versão superior a 1.6 do sistema podem instalar o Goggles — o Xperia X10 (versão 1.6) e Milestone (versão 2.1) são alternativas. Para instalar o programa, basta procurá-lo na Android Marketplace, loja de aplicativos do sistema móvel do Google.

Diga ‘X’
Para testar o Goggles, o UOL Tecnologia colheu materiais que, segundo o próprio site do aplicativo, são reconhecidos. Reunimos então: um livro, uma imagem colorida de uma obra de arte, logotipos, a manchete de um jornal (em espanhol) e o trecho de um cardápio (em alemão).

Com as imagens, o Googles se saiu muito bem. Bastou focalizar que o programa já reconhecia e realizava a busca correta. No caso do livro, por exemplo, após tirar a foto, o programa mostrou a capa da obra, autor e, na busca, apresentou lojas online que comercializam o produto.

A busca por logotipos e pelo quadro de Van Gogh também não apresentou grandes problemas. A única objeção é que a busca é feita por padrão em inglês, o que pode atrapalhar pessoas pouco familiarizadas com a língua.

Tradutor de bolso
Uma das ferramentas que mais chamam a atenção é a de reconhecimento de texto. Com ela, por exemplo, após “escanear” uma imagem que contenha palavras, é possível traduzi-las para línguas disponíveis no Google Translate (ou Google Tradutor) — esse pacote inclui português. Imagine só ir a outros países de idioma desconhecidos e identificar a manchete de um jornal ou saber o prato que está em um menu.

Quando o texto apresenta poucas palavras exibidas de forma separada, a captura das imagens é relativamente simples. Porém, a funcionalidade apresenta erros e inconsistências quando se tratam de textos grandes. Nos testes do UOL Tecnologia, o aplicativo registrou de forma embaralhada, diversas vezes, a manchete e o texto de um jornal espanhol. A percepção, portanto, é que a ferramenta ajuda em traduções pontuais e não naquelas muito extensas.

Por mais que o programa tenha uma espécie de “seleção” — para ajudar a direcionar o que o usuário quer capturar —, é difícil se acostumar a “mirar” os trechos a serem traduzidos nos textos pouco espaçados. Quando a impressão tem muitas palavras próximas umas às outras é necessário ter paciência até conseguir captar a sentença que se quer traduzir.

Após a captação dos textos, o programa apresenta um botão Translate (Traduzir). Por padrão, ele traduz o texto para o inglês e de forma até compreensível para quem conhece o idioma. No entanto, ao trocar para o português, o programa apresenta traduções estranhas.

O Google Goggles ainda faz parte do Google Labs, que compreende aplicações ainda em fase de desenvolvimento.

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