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15/05/2008 - 07h03 / Atualizada 09/11/2009 - 19h51

Controle de pais é ferramenta útil para proteger filhos na Internet

CINTIA BAIO e LILIAN FERREIRA |Do UOL Tecnologia
Os especialistas são unânimes ao dizer que não se pode transferir a responsabilidade de garantir a segurança dos filhos na Web dos pais para a tecnologia. "O principal é o diálogo entre pais e filhos. Os programas são ferramentas para auxiliar na segurança da criança", diz Lúcio Costa, especialista de segurança da Symantec.

Grandes empresas de segurança na Internet como Symantec e McAfee, além do sistema operacional Windows, possuem ferramentas chamadas controle de pais ou "parental control". Essa função secundária dos aplicativos permite filtrar conteúdos e definir horários de utilização do computador.

É certo violar a privacidade dos filhos para protegê-los na Internet?

Windows

O Windows Vista traz em todas as versões para usuários domésticos a ferramenta de controle de pais. Assim, as crianças e adolescentes podem ter um perfil pessoal no computador que é controlado pelos pais. Cada um deles pode ter uma senha que permite o acesso a seu usuário.

Saiba como criar usuários no Windows

Uma das funcionalidades do sistema é estabelecer horários para uso do computador e parâmetros de sites que podem ser visitados. "Um pai pode, por exemplo, determinar que seu filho Mateus só pode usar o computador de segunda a sábado, das 17 às 18h30. Além disso, existe a classificação por idade dos sites acessados", conta Ricardo Wagner, gerente de projeto Windows Microsoft Brasil.

A ferramenta disponibiliza parâmetros básicos que podem ser adicionados pelos pais como impróprios para aquele usuário como alcoolismo, pornografia, violência, tabagismo etc. Assim, o próprio programa já possui uma lista dos sites que devem ser barrados. "Algumas páginas informam a classificação etária apropriada. Se você definir que seu filho é menor de idade, ele não poderá acessar esses sites".

Os pais também recebem relatórios periódicos informando quando e que sites foram visitados por aquele usuário, quais sites ele tentou entrar e foram bloqueados, com quem o filho conversou em mensageiro instantâneo com horário e endereço de e-mail. "O pai não tem acesso à conversa, mas ele pode usar essas informações para conversar com o filho. O ideal é não impor limites de uma forma autoritária, mas na base do diálogo", explica Wagner.

Para Costa da Symantec, o pai deve mostrar os problemas que a navegação pode acarretar e conversar com o filho e determinar as regras de comum acordo. "Cada pai tem um tipo de educação e é ele que sabe quão maduro é o filho e qual conteúdo é adequado a ele", completa.

O Windows possui ainda o Windows Defender, que avisa quando uma pessoa tenta acessar um site malicioso ou que execute um arquivo. O usuário precisa clicar que confia naquela página e que quer baixar o arquivo. "O aplicativo evita a contaminação sem querer, até por usuários leigos", afirma o gerente de Windows.

Outra opção da ferramenta é bloquear o download pela Internet. Segundo Wagner, muitos pais preocupam-se que os filhos entrem em sites pornográficos, mas muito material impróprio chega também por e-mail e fóruns de discussão. Então, bloquear o download impede que os filhos acessem esse conteúdo.

Já o especialista em segurança da Symantec acredita que bloquear o download gera perda no potencial da Internet. A solução adotada pela empresa é varrer as páginas e arquivos durante a navegação.

Um dos problemas da ferramenta do Windows é que ainda não é possível bloquear as imagens de visualização de sites de busca. Mas ao clicar em uma imagem pornográfica, por exemplo, a página não abre.

A Symantec, por exemplo, oferece o recurso de controle de pais no Norton Internet Security e no Norton 360. Com a ferramenta é possível listar sites confiáveis e bloqueados e monitorar o uso. "A facilidade de configuração também deve ser levada em conta pelos pais", lembra Costa.

Navegadores

Browsers de Internet também possuem ferramentas para controlar a navegação. O Internet Explorer 6 e 7 permite limitar os sites acessados. Os pais podem definir os parâmetros manualmente ou escolher entre os diversos níveis de privacidade. É possível também definir senhas para acessar determinados endereços.

No Firefox, extensões fazem o serviço de controlar a navegação. O Glubble Family Edition permite que os pais decidam o que as crianças podem ver na Internet ao usar o programa.

Os browsers também registram o histórico de navegação, que pode ser acessado posteriormente. Apesar disso, Costa acredita que o filho tem que saber e permitir que o pai veja seu histórico. "A revelia já é invasão de privacidade", destaca. O mesmo ocorre para as conversas em mensageiros instantâneos gravadas no computador. O diálogo e a transparência devem pautar a relação entre pais e filhos.

MSN

O Windows Live OneCare —Proteção para a Família permite que os pais gerenciem a navegação de seus filhos na Web e os contatos no Windows Live Messenger (antigo MSN), Spaces e Hotmail.
"Em vez de bloquear e fazer o rastreamento de conversas, os pais ajudam a escolher quem pode e quem não pode ficar em contato com seus filhos e assim prevenir possíveis abusos", conta Priscyla Alves, gerente de marketing do grupo de serviços online da Microsoft Brasil.

É possível escolher níveis separados de segurança para cada criança pelo Windows Live Messenger 9. Os pais podem receber um relatório semanal por e-mail com as atividades do filho, com tempo passado online, sites visitados e endereços de e-mail e MSN com os quais trocou mensagens.

Em Opções > Privacidade, os pais podem permitir ou bloquear os utilizadores e também aprovar com quem os filhos podem trocar mensagens e e-mails.

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