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15/03/2007
Memória Flash começa a substituir HDs e promete deixar PC mais rápido
FRANCISCO MADUREIRA
Editor do UOL Tecnologia, em Hannover (Alemanha)
Televisão de avó era algo que tinha que esquentar para ligar -e qualquer semelhança com os PCs atuais não é mera coincidência, já que a máquina precisa passar os principais componentes do sistema operacional do HD para a memória, e este processo costuma demorar um minuto ou mais até que você possa usar seus programas.


Mas a era da válvula deve começar a deixar o mundo dos PCs graças ao uso de uma velha conhecida —a memória Flash, a mesma de seu pendrive velho de guerra. A Cebit, maior feira de tecnologia do mundo, mostra este ano novos usos para a tecnologia que prometem deixar o computador mais rápido e, de quebra, mais econômico.

A principal vem da SanDisk, uma das criadoras dos cartões de memória Flash. Trata-se de um drive SSD (Solid State Drive, guarde esta sigla) de 32 GB com apenas 2,5 polegadas de comprimento, do tamanho certo para ocupar a baia-padrão para discos rígidos de notebooks. É como um pendrive gigante, embutido no PC. E com tamanho suficiente (pasme!) para armazenar até mesmo um faminto Windows Vista com seus 10 GB.

Segundo a companhia, testes realizados com notebooks com processador Intel Core2 Duo e 1 GB de memória RAM mostraram que o micro consegue ler dados a partir do SSD até 100 vezes mais rapidamente do que a partir de um HD comum. Resultado imediato, em demonstração na Cebit: o tempo para carregar o Windows Vista nesta configuração caiu de 48 segundos para 30 segundos. Tudo bem, 30 segundos ainda deixa o PC parecido com a televisão da avó, mas já representa uma melhora.

Energia e ruído
Além da velocidade, o uso de SSDs também reduz o consumo de energia —o disco consome a metade do que demanda um HD normal. Como os discos parentes do pendrive não precisam de motor ou cabeçote de leitura, geram muito menos calor e praticamente zero ruído (se você fica no computador de madrugada, vai entender a importância deste item).

Mas tudo isso tem um custo —e alto. Hoje, um SSD de 32 GB como o que a SanDisk trouxe para a Cebit sai por US$ 350 para o atacado. Nos Estados Unidos, um HD de 160 GB para notebook custa em média US$ 120.

"A tendência é que, com mais pesquisas na área, o preço por gigabyte do SSD caia e a capacidade dos discos cresça", disse Amos Marom, vice-presidente e gerente geral de sistemas da computação da SanDisk. Estudo do instituto de pesquisas Gartner mostra que o mercado de SSDs deve pular de 4 milhões de unidades este ano para 32 milhões em 2010.

Perto do processador
Outro peso-pesado da tecnologia que abraçou a memória Flash para tentar deixar o PC mais rápido foi a Intel —a empresa revelou na Cebit 2007 detalhes de sua nova tecnologia Turbo Memory, antes conhecida pelo codinome Robson.

Com a tecnologia, notebooks com a plataforma Centrino Duo poderão armazenar informações importantes do sistema operacional em memória Flash diretamente conectada ao processador. Com isso, a Intel espera ganhar performance —já que o chip não precisará buscar dados no HD com a mesma freqüência— e o consumo, já que a memória flash armazena dados sem gastar energia.
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