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04/05/2005 - 16h45 Wi-Fi - 3 Da Redação WiMax promete levar acesso para todosAlém do ambiente doméstico, é possível navegar em local público em restaurantes, cafés, academias e aeroportos. São os chamados "hotspots", locais com rede wireless disponível para os freqüentadores. No Estado de São Paulo, atualmente existem mais de 670 desses pontos de acesso. Estima-se que, no país todo, são de 800 a 3.000. No mundo, são mais de 85 mil, com quase 6 milhões de usuários. Par navegar nesses locais, é preciso ter um notebook ou micro de mão (PDA) com capacidade de acesso Wi-Fi. Micros portáteis com a tecnologia Centrino, da Intel, já vem de fábrica com esse recurso, assim como os PDAs mais modernos. Mesmo aparelhos mais antigos podem navegar, desde que equipados com placas PCMCIA (notebooks) ou cartões Wi-Fi, no caso dos micros de mão. Alguns "hotspots" são gratuitos, mas a maioria é paga. Em São Paulo, alguns provedores têm planos de acesso sem fio, com mensalidades em torno de R$ 50. WiMax A tecnologia Wi-fi funciona bem, mas somente em alcances relativamente curtos -até 100 metros em ambientes abertos, 50 metros em fechados. Por isso, para oferecer conectividade em escalas de quilômetros, empresas -e até cidades- têm adotado uma nova tecnologia: o WiMax. A sigla significa "Interconexão Mundial por Acesso em Microondas", e é fruto de um consórcio de 140 empresas de tecnologia, com a gigante dos chips Intel à frente. Um ponto WiMax permite oferecer conexão em um raio de até 50 km, com velocidade máxima de 70 Mbps (Megabits por segundo) -isso em tese, claro, porque na prática a topografia e os prédios de uma cidade grande podem interferir um bocado na transmissão. Comunidades, vilas e até cidades inteiras poderiam ter conexão à Web sem os pesados custos envolvidos na instalação de cabos telefônicos ou de TV. A tecnologia ainda está em fase de certificação (padronização), que deve acontecer ao longo de 2005. Cidades como Los Angeles, Nova York, Boston, Seattle e Chengdu (China) estão fazendo testes com redes WiMax. No final do mês passado, Brighton tornou-se a primeira cidade na Inglaterra a lançar uma rede Wi-Max, que cobre 90% de sua área urbana. O projeto foi fruto de parceria entre a prefeitura, a Universidade de Sussex e a companhia local de telefonia. O objetivo era levar acesso à Web para sete escolas e três universidades na cidade, a custos menores do que com instalação de cabos ou tecnologia celular de terceira geração (3G). Nos EUA, algumas cidades estão com planos de implantar redes públicas em WiMax, mas enfrentam resistência -é claro- das companhias telefônicas, que têm no acesso em banda larga uma boa fonte de lucros. Na Filadélfia, por exemplo, a prefeitura lançou um serviço de banda larga sem fio por US$ 20 ao mês para os moradores de baixa renda, abaixo dos US$ 30 cobrados no plano mais barato da Verizon, a operadora local. No Brasil, a experiência pioneira acontece em Sud Menucci, no interior de São Paulo. Em junho de 2003, a cidade, de apenas 7.500 habitantes, lançou um serviço de acesso gratuito em Wi-Fi (802.11b). Qualquer cidadão pode navegar na Web, bastando pedir uma senha para a prefeitura. No mês passado, a Intel anunciou que Ouro Preto, em Minas Gerais, será base para o segundo projeto de rede WiMax no país (o primeiro acontece em Brasília). Cinco escolas públicas de ensino fundamental e médio são interligadas pelo sistema, além da Universidade Federal de Ouro Preto. Uma sub-rede conecta um telecentro, quatro secretarias de governo e uma associação de desenvolvimento comercial. O conteúdo oferecido é educacional. |