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07/07/2010 - 07h00 / Atualizada 07/07/2010 - 16h42

Orkut, Facebook, Twitter, MSN e YouTube: veja teste de celulares voltados a redes sociais

Sérgio Vinícius | Para o UOL Tecnologia*
  • Flávio Florido/UOL

    Dos celulares testados, apenas dois suportavam acesso à internet via conexão Wi-Fi e 3G

Você tem um celular e um endereço de e-mail. Isso é fato. Muito provavelmente tem também uma conta no Facebook, no Orkut ou no Twitter (ou, o que é mais provável -- e não precisa sorrir amarelo -- tem perfil em cada um dos três serviços). Você acessa o YouTube um sem número de vezes durante o dia e entra com frequência em comunicadores instantâneos, como o Windows Live Messenger (o antigo, e para sempre em nossos corações, MSN Messenger). Se for um brasileiro típico na web, também pode ter passado por sites como o Linkedin, Flickr e blogger, mesmo na hora do expediente.

Você sabe disso. Seu chefe sabe disso. E, o mais importante, as empresas que fabricam celulares também sabem. Tanto que, por conta do crescimento das ferramentas sociais na web, essas companhias criaram mais um nicho no mercado de telefones portáteis: os voltados para redes sociais. É bem provável que os aparelhos façam sucesso no Brasil, considerando que oito entre dez usuários de web no país acessam esse tipo de site.

Os modelos mais relevantes neste nicho são o bacana LG GW620 Android, o simpático Motorola Motocubo, o Motorola Flipout e o polivalente Samsung Scrapy Touch. Com exceção do recém-lançado Flipout, que ficou com a reportagem por cerca de uma semana, os outros três celulares para redes sociais foram avaliados por mais de 30 dias pelo UOL Tecnologia. Nos testes, além da experiência em comunicadores instantâneos, comunidades e redes propriamente ditas, também foi observada a experiência dos aparelhos como um todo (mesmo porque - eventualmente, é claro - o usuário vai recorrer ao telefone para falar e realizar ligações).

Nos testes, o LG GW620 Android se destacou pelo excelente teclado físico e pela facilidade oferecida ao usuário que quer acessar algumas redes sociais -- em especial Orkut, YouTube e Google Talk. A câmera de 5 megapixels, bastante cumpridora, pode ser um atrativo a mais para quem quer um celular com Android de baixo custo (R$ 1.399, pré-pago, um dos mais barato celulares com o sistema operacional do Google). Em relação aos concorrentes, entretanto, é mais caro, custando mais do que o dobro dos outros avaliados. A tela touchscreen também deixa a desejar.

O Motorola Motocubo, à primeira vista, agrada pela beleza e pelo preço. Ele é pequeno, quadradinho, simpático e custa R$ 549. Ao abri-lo e ligá-lo, as boas impressões se intensificam: ele é fácil de usar, tem teclado bacana e excelentes teclas de atalho. Porém, em uma observação mais intensa, percebem-se os problemas do aparelho: não tem conexão com Wi-Fi e com 3G e sua câmera é de apenas 2 megapixels. Além de, de forma imperdoável, a versão de testes avaliada pela reportagem não contar com Windows Live Messenger (de acordo com a Motorola, há no mercado versões do Motocubo com o comunicador instantâneo e seu uso varia de acordo com a operadora).

Em comparação, seu “irmão mais novo”, o Motorola Flipout, complementa todas “as lacunas” deixadas pelo Motocubo: tem Wi-Fi, 3G, câmera pouco mais potente (3.1 megapixels) e conta com uma tela touchscreen. Além disso, o celular tem o aplicativo Motoblur, que une várias redes sociais como Orkut, Facebook, Twitter, MySpace, entre outras. Como ponto negativo do aparelho fica a tela pequena, que dificulta – e muito – a visualização de sites.

O Samsung Scrapy Touch é o mais completo exemplo de telefone com integração a redes sociais. Ele conversa com as principais (MySpace, Facebook), tem suporte a sites de imagens (Picasa, Flickr) e oferece amplo acesso a comunicadores instantâneos (MSN Messenger, Google Talk). Seu touchscreen é excelente. Entretanto, como nem tudo é perfeito, o modelo somente oferece acesso EDGE à web, renegando 3G, Wi-Fi ou qualquer outro modo rápido de acesso. A câmera, de 2 megapixels, é bem fraquinha. Mas o preço também é baixo: R$ 549.

Acesso pago
O fato do Motorola Motocubo e do Samsung não serem compatíveis com Wi-Fi é um item desabonador e tanto para ambos os celulares. Isso porque, para acessar a internet por meio deles – e, consequentemente, às redes sociais – será necessário pagar a cada operação. Como ambos não são 3G, o acesso, ainda por cima, será bastante lento.

Usuários de celulares pós-pagos podem fazer planos para acessar a internet, de acordo com a necessidade. Considerando valores de São Paulo, em uma média das principais grandes operadoras de telefonia do país, o pacote de 100 MB de transferência por mês custa R$ 29. Também é possível fechar pacotes para serviços específicos como Twitter (R$ 11 mensais na Vivo para publicar 150 tuítes via SMS) ou Windows Live Messenger (R$ 8,90 mensais também na Vivo), por exemplo.

Já no caso dos pré-pagos, os créditos vão embora de acordo com os KB. Em média, a cada KB são cobrados R$ 0,05 (se o usuário estiver em roaming, o preço aumenta para R$ 0,08). Como base, é importante saber quanto um celular gasta, em média, para fazer operações simples na internet. Ler um e-mail no celular consome 3,5 KB (ou R$ 0,17 considerando que o KB custe R$ 0,05). Se o usuário realizar a tarefa 40 vezes em um mês, terá gasto 140 KB (R$ 7). Acessar uma página de notícias simples leva 4,5 KB embora (R$ 0,22 para ler uma página). Conversar por chat, 79 KB (R$ 3,95).

* Com a colaboração de Guilherme Tagiaroli.

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