Embora as possibilidades sejam promissoras, o Wi-Fi no celular ainda tem problemas básicos. Conseguir conectar-se (e permanecer conectado) a uma rede Wi-Fi, por vezes, é suficiente para esgotar a paciência de muitos.
Dentre os três celulares avaliados pelo
UOL Tecnologia, o Blackberry 8120 começou mal no quesito: foi incapaz de detectar redes "ad-hoc" (de computador para computador).
Esse tipo de rede é utilizado para, por exemplo, compartilhar a conexão à Internet com fio a que um PC tem acesso para um rede sem fio. O Nokia N82 e o HTC TyTN II conseguiram conectar-se a esse tipo de rede sem problemas.
Quando a conexão é feita no modo ponto de acesso (o mais comum para redes públicas e roteadores sem fio, por exemplo), todos os aparelhos conseguiram estabelecer a conexão normalmente.
O aparelho da HTC, entretanto, tem a desvantagem de não ter suporte à criptografia de segurança WPA2. Por outro lado, todos os telefones suportam as tecnologias de criptografia WEP e WPA, que são as mais utilizadas em redes públicas de acesso.
Veja fotos dos celulares avaliadosApós a conexão ser realizada com sucesso, entra em evidência outro fator importante: a estabilidade da conexão. O TyTN II foi pior nesse aspecto, com uma conexão que caía freqüentemente e demorava a ser restabelecida. Já o Blackberry Pearl 8120 e o Nokia N82 não tiveram problemas de instabilidade, mesmo com o sinal da rede sem fio fraco.
Quem não está acostumado a acessar "hotspots" Wi-Fi pode ter problemas ao chegar com um aparelho desses a um lugar que ofereça acesso sem fio (as Wi-Fi Zones). Embora o acesso seja muitas divulgado como gratuito, é necessário contratar um provedor de Wi-Fi, como o UOL Wi-Fi, para conseguir utilizar a Internet. O aparelho conecta-se à rede sem fio, e qualquer página que se tente abrir redireciona o usuário a uma página especial de login, onde ele entra com os dados do provedor, como nome de usuário e senha. Depois que os dados são aceitos, o acesso à Internet é liberado. |
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HOTSPOTS |
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Perigo no BlackberryCuidado, porém, ao utilizar a Internet do Blackberry conectado a uma rede Wi-Fi; mesmo que o aparelho reconheça a rede e indique estar conectado, ele dá prioridade à conexão de dados da operadora (GPRS ou EDGE), uma deficiência grave que pode levar o usuário desavisado a pagar uma conta alta no final do mês.
A reportagem teve que tomar medidas drásticas para forçar o aparelho a utilizar a conexão Wi-Fi: desligar a conexão com a operadora completamente.
O remendo saiu quase pior do que o soneto: mesmo que a conexão não implique em gastos extras com o plano de dados, o telefone fica impossibilitado de receber e realizar chamadas.