UOL Tecnologia testou três modelos 'top': o Sony Vaio M, o LG X-140-L e o Dell Inspiron 11z
Os primeiros subnotebooks a desembarcar no mercado tinham telas de 7 polegadas, eram branquinhos, fofinhos e tinham configuração simplória (disco rígido com 4 GB, por exemplo). Mas uma das principais vantagens dessas máquinas no mercado internacional, que era o preço baixo, não se repetia por aqui: enquanto pagava-se US$ 200 (cerca de R$ 340) nos Estados Unidos para ter um computador ultraportátil, no Brasil era necessário desembolsar cerca de R$ 1.099 pelo mesmo benefício.
Pouco mais de três anos passaram e esses computadores “de apoio” mudaram muito. A começar pelo nome: foi adotado o termo “netbook” para designá-los. Viraram febre por parte dos consumidores, aposta (dos fabricantes) e agora são nicho de mercado. Os netbooks cresceram (o tamanho de suas telas varia entre 7 e 12 polegadas), contam com configurações robustas (a média dos HDs dessas máquinas está em 250 GB) e não são mais tão fofamente brancos: ganharam tonalidades diversas, de vermelho a preto, passando por laranja e rosa.
A maior mudança, entretanto, ocorreu no preço, que agora varia entre pouco menos de R$ 400 (modelos de marcas-diabo diversas) a valores que ultrapassam o de notebooks de 15 polegadas e de PCs de mesa. Netbook pode até ser um computador barato, mas não é mais esse seu principal atrativo. Por isso, muitos fabricantes apostam em configurações de ponta, design diferenciado, usabilidade funcional e revertem isso em preço, colocando nas prateleiras máquinas topo-de-linha e chiques, de quase R$ 2 mil.
Basicamente, a diferença entre notebook e netbook é o tamanho das telas. A partir de 13 polegadas, trata-se de um laptop tradicional. Já os pequenos e novatos netbooks têm suas telas medindo entre 7 polegadas e 12,9 polegadas. Como não é uma diferenciação oficial -- apesar do mercado adotar essas medidas e as diferentes nomenclaturas – vários fabricantes chamam seus computadores portáteis, independente do tamanho, de notebooks.
Para avaliar o que há de melhor no mercado de netbooks “chiques”, o UOL Tecnologia testou modelos de ponta de algumas das principais fabricantes presentes no mercado brasileiro – Sony, Dell e LG. O bom Dell Inspiron 11z, com tela de 11 polegadas, mostrou-se eficiente e rápido para tarefas do dia a dia e acesso à web. Seus problemas residem no manuseio: ele conta, por exemplo, com um chato touchpad, que atravanca os comandos do usuário.
Já o Sony Vaio M foi considerado tão bom que poderia até mesmo ser uma máquina principal, e não de apoio, caso não tivesse somente 10 polegadas de tela. Robusto e excelente para visualizar multimídia, o fato mais desabonador no Sony é seu preço: R$ 1,9 mil. Um problema, diga-se, típico da empresa, que adora colocar na Lua os preços de suas máquinas.
Por fim, o UOL Tecnologia testou o agradável (e de nome robótico) LG X-140-L, que une bom custo (R$ 1,4 mil) com tela 10 polegadas de excelente resolução e iluminada por LEDs. O teclado do modelo também se destaca: as teclas são mais macias e espaçadas do que muito teclado padrão externo, de máquinas de mesa. O pecado do LG reside em sua acanhada performance, que, apesar de 2 GB de RAM e processador Intel Atom N740, quase causa uma síncope no sistema em uma simples extração de dados, a partir do WinZIP, de arquivos com mais de 5 MB.
