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08/12/2010 - 15h38 / Atualizada 09/12/2010 - 12h06

Guia: o que você precisa saber antes de comprar um computador tablet

SÉRGIO VINÍCIUS||Para o UOL Tecnologia
  • Reprodução

    À esquerda, o iPad. À direita, o GalaxyTab. As medidas na imagem acima não correspondem às reais proporções -- o iPad é maior que seu principal concorrente no Brasil

De tablets, o mercado está cheio. Há os tablet PCs, que são computadores semelhantes a notebooks, mas que permitem que a tela seja deitada a 180 graus, rotacionada a mais 180 graus, permitindo que o usuário escreva ou desenhe sobre ela, com uma caneta especial. Existem ainda as mesas tablet, as quais, conectadas ao computador, refletem na tela o que o usuário escreve ou  desenha em sua superfície. E há ainda, por fim, os “tablets tablets”, recém-lançados e já no foco dos fãs de tecnologia.

Nomes como Samsung GalaxyTab e iPad representam no Brasil esse nicho de mercado. Para escolher apropriadamente seu tablet, a primeira dica é saber que, apesar do nome, os tablets mais, atuais, que causam filas em frente às lojas, são diferentes de uma mesa tablet ou de um tablet PC (este modelo que permite girar a tela). Feito isso, é hora de perceber o que se deseja com equipamento desse tipo.

Veja o que você deve considerar antes de comprar seu próximo tablet.

Pra que serve?
Os dois principais fabricantes com produtos no Brasil - Samsung e Apple - encaram de forma diferente o que o usuário procura em um tablet.

A empresa de Steve Jobs foca, e muito, seus esforços na experiência agradável de leitura no iPad. Sua tela é de LCD com cores vibrantes. Há o uso da tecnologia IPS, que permite que e-books sejam lidos em diferentes ângulos. Mas não é só isso, claro. Por meio de aplicativos, o equipamento da empresa da maçã pode realizar ligações via Skype (voz sobre IP), rodar vídeos e arquivos de áudio em vários formatos (menos, oficialmente, em Flash) e tem suporte à tecnologia Bluetooth.

O produto da Samsung também aposta em quesitos multimídia de primeira, como áudio cristalino e ótimas imagens, além de funcionar como um telefone e câmera digital – nesses quesitos, deixa o iPad para trás. Por fim, ele roda o formato Flash, essencial para visualizar diversos tipos de conteúdo na internet (veja comparativo dos dois tablets).

É possível optar por um tablet para ter um e-reader. Ou para adquirir um smartphone vitaminado. Ou um netbook de rico. Ou uma TV portátil, com acesso à web e que transmita vídeos em HD (alta definição). Com tantas opções e características nesses brinquedinhos, o primeiro passo é saber o que se deseja fazer com o equipamento.

“De acordo com nossas pesquisas, 50% dos usuários tradicionais querem um smartphone com fácil uso, excelente acesso à web e que ofereça acesso a itens multimídia. Tudo isso em uma tela grande e amigável”, conta Hamilton Yoshida, diretor de marketing da divisão de telecom e TI da Samsung. O UOL Tecnologia entrou em contato com a Apple, mas a empresa não permite que seus executivos falem sobre seus produtos.

Aplicativos
Os principais tablets do mercado – brasileiro e mundial – são recheados de aplicativos, ou apps. Esses programinhas nativos levam o usuário a redes sociais, a páginas de internet com arquivos para ler e para assistir a programas em geral. No caso específico dos tablets brasileiros, os dois contam com lojas de aplicativos para que o usuário adquira (gratuitamente ou não) mais e mais softwares para brincar com seu tablet. Assim, o aparelho ganha muito mais funções do que as originais.

Para o iPad há a App Store, um serviço compatível também com iPhone e com iPod Touch, que permite aos usuários navegar e fazer download de aplicativos da iTunes Store. Dependendo do programa, ele pode ser grátis ou pago. Os apps podem ser baixados diretamente no dispositivo ou por meio de um computador, via iTunes. Infelizmente, há a proibição de o usuário brasileiro realizar o download de jogos (o que pode ser burlado com alguma facilidade, como pode ser visto aqui.

Já o Samsung GalaxyTab conta com a loja de aplicativos Android Market. Nela, há centenas de programinhas que permitem ao usuário personalizar seu tablet, baixando desde indicadores de previsão do tempo até ferramentas de fácil acesso ao Google (um dos entusiastas do sistema Android, de código aberto).

Tablet ou netbook?
Os tablets podem ser definidos como computadores ultraportáteis. Por que, então, comprar uma dessas novidades e não o “tradicional” netbook? “O tablet é um computador, mas não rouba o espaço do netbook, principalmente pela diferença de preço”, afirma Hamilton Yoshida, da Samsung.

A diferença, de fato, é gritante. Um netbook de marca reconhecida pode ser encontrado por, em média, R$ 1 mil. Já o tablet mais barato vendido oficialmente no mercado brasileiro -  o iPad de 16 GB sem 3G - tem preço mínimo sugerido de R$ 1.649. A título de comparação, o GalaxyTab desbloqueado tem preço sugerido de R$ 2,7 mil (o valor pode reduzir, dependendo do plano de dados fechado com a operadora).

As diferenças entre “nets” e “tabs” vão além do custo, entretanto. Enquanto os primeiros são notebooks de pequeno porte, com sistema operacional e pacotes de aplicativos tradicionais, os tablets, esses da nova geração, são maquininhas com foco em multimídia e acesso à web. Esse pé na internet, inclusive, é determinante para escolher um tablet com Wi-Fi e com 3G (tanto Samsung e Apple oferecem suporte às duas conexões).

Para quem deseja um pequeno computador (um smartphone mais bem alimentado ou um netbook grã-fino), a tela também é fator fundamental. Mas deve-se considerar a usabilidade do produto e do sistema. Isso, só testando o aparelho. Brincar com ele por uns 20 ou 30 minutos pode mostrar se a interface agrada, se o teclado touchscreen responde bem aos comandos, se as imagens são bem apresentadas na tela, se o acesso à internet é rápido e se o áudio que sai do aparelho fazem bem seus trabalhos. 

Conexão
O Wi-Fi permite que o usuário conecte-se a redes de internet sem fio, seja em casa, em aeroportos ou em estabelecimentos comerciais sem ter de gastar a mais por isso. Basta encontrar uma rede, conectar e navegar. Já o 3G garante acesso à internet (teoricamente) sempre, independente de redes domésticas ou empresariais, mas o usuário deve pagar à operadora para usar a web. Há pacotes e pacotes de acesso à internet via 3G, desde planos que a pessoa paga pela transferência de dados até aqueles em que não há limite.

Portabilidade
No item portabilidade, conforto e manuseio, é importante avaliar se o equipamento cai no gosto do usuário. O único modo de fazer isso é “praticando” o tablet, comparando as alternativas disponíveis. Itens como peso e dimensões fazem grande diferença. As variações de tamanho das mãos, força nos braços e gosto pessoal são fundamentais neste tópico. O iPad tem dimensões entre 24,28 cm x 18,97 cm x 1,34 cm (LxAxP), tela de 9,7 polegadas e pesa a partir de 680 gramas. Menorzinho, o Samsung conta com 18,8 cm x 12,03 cm x 1,14 cm (LxAxP), tela de 7 polegadas e 379 gramas.

Hardware
É importante pensar no tamanho do disco rígido do tablet. Para quem somente vai ler, não é necessário um HD muito maior do que 16 GB. Mas para armazenar mídias como filmes, áudio e outros itens pesados, cartões de expansão ajudam. De saída, nesses casos, deve-se optar por itens com 32 GB.

Conexões nativas à web sem fio (Wi-Fi) são sempre bem-vindas. Caso queira optar por um aparelho que substitua o celular, anote aí: o Samsung GalaxyTab faz ligações nativamente. No iPad, é necessário baixar um aplicativo que realize ligações via internet, por meio de VoIP (voz sobre IP). A compatibilidade com extensões multimídia, como o Flash (plugin usado, por exemplo, para visualizar filmes e indisponível no iPad), podem ser importantes ou vitais, dependendo do uso.

“Quanto mais possibilidade de conexões e mais aplicações internas, melhor”, diz Yoshida. “O fator fundamental é avaliar pessoalmente o equipamento e ver se agrada, desde que, de antemão, o usuário já saiba mais ou menos o que procura.”

Por fim, importante lembrar que os mais famosos são os Samsung Tab e o iPad, mas há nas prateleiras brasileiras diversos tablets, de empresas não tão renomadas. Seus preços, com telas de 7 polegadas, custam a partir de R$ 300. No momento de escolher, é testar, analisar as características e optar.

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