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07/04/2009 - 07h01

Megaware MegaPRO: de olho nos gamers

RENATO RODRIGUES | Para o UOL Tecnologia
O gabinete prateado já entrega o público-alvo do Megaware MegaPRO: os gamers hardcore, usuários de alto poder aquisitivo que fazem questão de rodar jogos com o máximo de desempenho possível. Afinal, não se imagina que um tradicional pai de família vá curtir muito a tampa lateral de acrílico, que deixa à mostra o interior da máquina, e a iluminação azul nas ventoinhas do PC. Por outro lado, o moderno gabinete risca fácil e não vem com uma alça para transporte, um item muito requisitado pelos jovens que levam seus micros para as chamadas LAN parties (reuniões para jogar em rede).

Visto de frente, o MegaPRO exibe um enorme painel com o logotipo da fabricante, o conjunto com quatro portas USB, entradas para fone e microfone, uma porta Firewire e uma saída de ar com iluminação. Abrindo o painel, revela-se o gravador de DVD Samsung, único ocupante das quatro baias disponíveis para drives ópticos.

MEGAWARE MEGAPRO

Visual prateado com luzes azuis deve agradar mais ao público gamer - e risca facilmente
Falta um leitor de cartões
Oferece um controlador de velocidade no cooler, para reduzir o barulho da ventoinha
Possui saída óptica para conexão em home theaters 5.1
Os dois pentes de 2 GB não são a melhor saída para total desempenho do computador
Placa de vídeo é apropriada para um computador desse porte
Também há outras duas baias para drive de disquete, mas convenhamos que ninguém vai colocar um dispositivo desses em uma máquina hoje em dia. A abertura das tampas do gabinete é feita por parafusos rosqueáveis, uma mão na roda.

No entanto, ficou faltando um leitor de cartões, acessório presente no computador da Intelbras. Também teria sido de bom gosto uma tampa para não deixar as portas USB à mostra. Além disso, a versão prateada enviada para os testes é bonita, mas risca com facilidade — há outro modelo, preto.

Na parte traseira, um recurso interessante. A fonte do MegaPRO possui um controlador de velocidade da ventoinha. Com isso, caso ela acelere em momentos de estresse, basta girar o dial para diminuir a rotação e, claro, o barulho. Apesar de isso parecer um contrassenso, o impacto na temperatura foi mínimo — em velocidade máxima, a temperatura da placa-mãe caiu apenas 2ºC. Mas o recurso nem sempre funciona — às vezes a ventoinha acelera com força e não há o que fazer.

A oferta de portas USB é ampla. São oito só na parte de trás (há outras quatro na frente). Também há uma porta FireWire e duas e-SATA (para discos rígidos externos) e uma saída óptica de som para conexão com receivers de home theater (isso permite ouvir o som em 5.1).

Na caixa, também um teclado tímido (poderia ser maior e mais sofisticado) e um par de caixinhas de som Creative &mdash mas dá até pena canalizar toda a potência de som deste micro em alto-falantes tão acanhados.

Hardware

O Megaware vem com uma configuração potente. Além do recém-lançado processador Intel Core i7 920, com velocidade de 2,67 GHz, ele traz disco rígido Western Digital de 500GB e conexão padrão SATA-II (mais veloz que o IDE, da maioria dos computadores domésticos atualmente) e placa de vídeo ECS GeForce 9500GT, com chip gráfico Nvidia e 1GB de memória.

A memória é um caso à parte. O MegaPRO vem com dois pentes de 2GB. Apesar de essa quantia ser boa para qualquer micro com Windows Vista atualmente, não é a solução mais indicada para a plataforma Core i7. A nova arquitetura usa os pentes em um sistema chamado "triplo canal" no lugar do "duplo canal", bastante utilizado hoje em dia. Traduzindo e resumindo o informatiquês, isso significa que o melhor em termos de desempenho é colocar três pentes de 1 GB em vez de dois de 2 GB. Sim, parece absurdo, mas é assim que funciona. As máquinas de ponta com Core i7 usam 6GB (três pentes de 2 GB) ou até incríveis 12 GB (seis pentes de 2GB, usando dois "canais triplos").

De toda forma, como o equipamento da Megaware está há pouco tempo no mercado, pode ser que a fabricante mude de idéia e adote o esquema de 3 x 1 GB.

Desempenho

Justamente pelo fato dos 4 GB em vez do 3 x 1 GB, o MegaPRO ficou atrás do Intelbras em alguns testes que medem o poder geral da máquina. É o caso dos benchmarks PC Mark e Super Pi, por exemplo. No primeiro, a diferença foi em torno de 25%, e no segundo, de 5,5% a favor do Intelbras. Na conversão de um filme em formato AVI para o padrão DivX, no entanto, a lacuna foi maior. O Megaware levou 1'20" a mais que o PC da Intelbras.

Além disso, a configuração das memórias revelou ser um gargalo. Medidos pelo software Sandra, a banda máxima e o tráfego máximo de memória apontaram, respectivamente, as taxas de 8,31 GBps e 7,51 Gbps, números muito abaixo do Intelbras (veja tabela comparativa). O disco rígido da Western Digital de 500GB também ficou um pouco atrás do Samsung, que equipa o outro PC.

Por outro lado, a placa de vídeo 9500GT é bem mais apropriada para um computador desse porte que a 8500GT da Intelbras. Graças a ela, o Megaware obteve 63% no resultado do software de medição de desempenho gráfico 3D Mark 06. No Sandra, a diferença também é gritante. O pico de processamento da placa 9500GT é de 86,4 Gflops (bilhões de operações por segundo), enquanto a outra chega somente a 34,4 Gflops. Por isso, o desempenho do MegaPRO em jogos exigentes é sensivelmente melhor que o concorrente.

E, por último, um item fundamental: por R$ 2.000 a menos, o computador Core i7 da Megaware tem um custo/benefício superior ao Intelbras.

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