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07/12/2010 - 16h06

Guia: tocador de Blu-ray deve ser escolhido de acordo com perfil e preço da sua TV

SÉRGIO VINÍCIUS||Para o UOL Tecnologia
  • Divulgação

Hoje, no Brasil, os preços de um tocador de Blu-ray variam entre, em média, R$ 350 e R$ 3 mil (há opções no mercado de até R$ 12 mil, com propriedades profissionais de trabalho com imagem). A dica prática para fazer a escolha do equipamento certo na hora da compra é: gaste proporcionalmente ao que foi pago pelo seu televisor e, se for o caso, pelo seu home theater.

A vantagem de um player de Blu-ray sobre um de DVD é a qualidade de som e de imagem oferecidas. A tecnologia do primeiro é de alta definição (1920x1080 pixels). Em seu disco, é possível armazenar bem mais dados do que no segundo (entre 25 GB e 50 GB, contra 4,7 GB dos DVDs tradicionais). Além disso, um tocador de Blu-ray pode oferecer acesso à internet, ter suporte a filmes em 3D e demais tecnologias de ponta, que não chegaram aos aparelhos de DVD.

O lado negativo: tanto os aparelhos, como a compra dos discos (virgens e filmes) e aluguel saem mais caro quando falamos em Blu-ray. É o preço da qualidade mais alta.

Confira o que deve ser levado em conta antes de comprar um tocador de Blu-ray.

Compatibilidade
Se você tem uma TV de último tipo, com dezenas de conexões, entradas USB, caixas de áudio com som cristalino, o ideal é não comprar um tocador de entrada, que terá poucos recursos de compatibilidade e não “conversará” com o televisor em sua plenitude. O mesmo se aplica ao caso contrário: apostar em um Blu-ray com suporte Wi-Fi, entradas e saídas multimídia, portas USB e correlatos para ser ligado a um televisor de tubo pode ser desperdício. Dos grandes.

“Televisor e Blu-ray devem falar a mesma língua. Uma TV 3D casa com um player com o mesmo recurso, por exemplo. Se um é avançado e outro de entrada, a comunicação não será plena e o usuário desperdiçará dinheiro, no item mais caro, ou ganhará frustração, com relação ao equipamento mais barato”, explica Marcelo Natali, engenheiro e gerente da área técnica de TV e Áudio e Vídeo da Philips. “Nesse caso, o preço e o perfil de cada equipamento é determinante. Caso o usuário já tenha uma TV em casa, deve observar os recursos dela, anotar e ir à loja com as informações. Será importante na escolha do player.”

Região do equipamento
Ao adotar um Blu-ray, o usuário não perde, necessariamente, seus DVDs: os principais tocadores de alta definição do mercado podem rodar esses discos “antigos” sem problemas. No entanto, de acordo com os especialistas entrevistados pelo UOL Tecnologia, o único item a se observar neste caso é a região do equipamento Blu-ray, do player DVD e dos discos de ambos os sistemas. Para que se rode plenamente DVDs e Blu-rays, a máquina de alta definição deve ser compatível com a região A4.

“Se o usuário comprar seus produtos no Brasil, provavelmente não terá problemas com compatibilidade. Assim, poderá rodar os DVDs no Blu-ray”, aponta Raquel Martins, gerente de áudio e vídeo da LG. “Entretanto, caso opte por importações, deve ficar esperto com as siglas e regiões compatíveis” (veja mais informações sobre regiões, siglas e importações aqui).

Características técnicas
Depois desses dois passos, o usuário deve prestar atenção às características técnicas. As opções de conexões de cabos, que fazem o tocador funcionar com TV e outros aparelhos, são importantes. As mais populares e que devem ser checadas são de vídeo composto (identificado pelos três cabos de coloração branca, vermelha e amarela) e S-Video (conector maior, que leva separados os sinais de cor e luminosidade). Completam a lista o vídeo componente (cabos de cor verde, vermelha e azul, cada um leva uma parte do espectro de cor) e o HDMI (formato digital que pode levar tanto sinal de vídeo quanto de áudio).

Além de reproduzir discos Blu-ray e DVD e de ter as entradas citadas acima, suporte externo a câmeras digitais, a CDs de músicas, a fotos, a cartões de memória, a outras mídias e entrada USB são desejáveis. Há players com conexão à internet, seja ela por cabo ou Wi-Fi (é possível se conectar à rede e, por meio dela, acessar serviços de locação de filmes online, além de outras plataformas web como os vídeos do YouTube). Quanto mais opções, maiores as chances de eles “conversarem” com TVs. Tocadores mais modernos do mercado têm recurso 3D também - mas é necessário que a TV também tenha essa opção para que tudo funcione corretamente.

Home Theater
Por fim, é indicado avaliar preços para descobrir se é momento de comprar um conjunto de home teather para acompanhar o tocador de Blu-ray ou se este equipamento basta. Fabricantes começam a despejar no mercado soluções completas de áudio e vídeo que podem ser, economicamente falando, mais atrativas do que um simples player.

A saída então é avaliar preços e pensar se você precisa de soluções de áudio de última geração. Se a resposta for positiva, será necessário pensar em potência do som em relação ao ambiente em que a aparelhagem ficará posicionada. Para quem tem uma sala de até 2 x 2 metros, o indicado é que esses equipamentos tenham por volta de 330 W RMS. Em ambientes enormes, de até 5 x 5 metros, produtos com potências acima de 500 W RMS são os indicados.

“Quanto mais completa a solução adquirida, com cabos, entradas e equipamentos secundários dentro da caixa do player, maior a chance de o usuário ficar satisfeito com a compra. Optar por um item caro que ainda não sai das prateleiras completo é frustante. Daí a importância de observar o que ele quer, o que está comprando e se precisa de algo mais”, diz Natali, da Philips. “Analisar exatamente o que se adquire e se é aquilo mesmo que deseja é fundamental. Tanto que a opção entre Blu-ray somente ou Blu-ray mais home teather deve ser seriamente pensada”, completa Raquel, da LG.                   

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