Houve um tempo em que filmadoras caseiras eram artigos de luxo, que só o pai do seu amiguinho mais rico tinha. Além disso, havia uma limitação técnica: as filmadoras não tinham um gravador embutido, por isso era necessário conectar a câmera a um videocasse, o que poderia parecer um improviso (e aí vinha a dificuldade de carregar todo o equipamento).

Além disso, a qualidade era sofrível: se até mesmo as fitas VHS alugadas eram péssimas, imagine os vídeos caseiros. O formato Betacam era um pouco melhor, mas também não era uma maravilha.

Ainda ridiculamente caras, vieram as filmadoras com formato VHS-C (popularmente conhecido como mini-VHS), Hi8 e MiniDV. Esse último, de boa qualidade, mas ainda mais caro. Além disso, havia um problema de compatibilidade: a fita não "conversava" com o videocassete e a câmera era necessária para fazer a reprodução.

Depois vieram formatos óticos, que praticamente nasceram para morrer, porque além de caros, não eram muito práticos. Em seguida, ficou popular gravar vídeos com câmeras fotográficas digitais (ou até mesmo celulares), mas aí a qualidade da imagem ficava ainda mais prejudicada.

Com custo um pouco mais acessível, vieram as filmadoras digitais. Então, ficou mais fácil a reprodução e armazenamento, tanto com memória interna rígida ou flash, além da possibilidade de expansão, com cartões de memória.

Daí para avançar até os formatos FullHD foi um pulo. E finalmente as pessoas puderam fazer vídeos em casa com boa qualidade, guardar recordações e não fazer os filhos passarem vergonha porque a imagem é muito ruim (a não ser que o conteúdo seja muito vexatório para mostrar para os amigos).

FullHD é o nome comercial de uma categoria de formatos e vídeo em alta definição chamado de 1080p. Esse é o número de linhas horizontais que formam a imagem. A letra 'p' indica que as imagens são mostradas ou capturadas em progressive scan. Outro tipo de FullHD é o 1080i, com imagens interlaçadas. Enquanto no p todas as linhas são desenhadas a cada quadro de imagem, no i elas intercaladas —em um quadro aparecem as linhas pares, em outro as ímpares.

O UOL Tecnologia testou dois modelos de filmadoras FullHD, a Samsung R10 e a Panasonic HS250. Ambas são capazes de capturar imagens em 1080 linhas, mas cada uma tem características distintas. O armazenamento é o principal deles: enquanto a R10 funciona apenas com cartões de memória, a HS250 tem também um disco rígido de 120GB que permite gravar quase 20 horas de vídeo. Para exibir as imagens na mesma qualidade em que são capturadas, também é necessário um aparelho de TV com resolução FullHD, e que a capacidade de exibir essa resolução seja, de preferência, nativa.

Confira, no menu ao lado, a análise do desempenho de cada uma delas:

 Smartphone

Diversos modelos, a partir de 8x de R$ 33,73

Relógios

Diversos modelos, a partir de 4x de R$ 12,23

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