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18/06/2009 - 11h00

Impressoras portáteis imprimem fotos em casa

NILSON MURAYAMA | Para o UOL Tecnologia
Até pouco tempo atrás, as pessoas tinham o costume de utilizar máquinas fotográficas apenas em viagens ou festas de aniversário. Isso acontecia porque fotografar era um processo complexo, que incluía comprar um filme de 12, 24 ou 36 poses com o ISO apropriado para o evento, fotografá-lo, e depois esperar ansiosamente a segunda-feira para ir ao laboratório e revelar as imagens. Infelizmente essa espera não terminava aí. Depois de aproximadamente uma semana, as fotografias ficavam prontas e só então descobríamos se fizemos um bom trabalho.

Com a máquina fotográfica digital, a espera pela foto terminou. No visor de cristal líquido, conseguimos ver como ficou a imagem com detalhes surpreendentes. O ISO agora é automático e se ajusta conforme o ambiente. O preço da memória caiu, a qualidade das fotos melhorou e agora tiramos centenas de fotos, que são guardadas em nosso computador pessoal e podemos imprimi-las sem sair de casa.

Pequenas e leves, as pequenas impressoras por sublimação térmica funcionam como mini-laboratórios fotográficos em casa. Impressão rápida, de qualidade e em poucos segundos. Se você tiver uma dessas, por exemplo, pode ter uma foto sem precisar sair de casa e nem ligar o computador.

Confira imagens dos equipamentos testados

Detalhes na tabela comparativa

O UOL Tecnologia testou alguns modelos nesse mercado pouco conhecido para auxiliá-lo a montar seu mini-laboratório e imprimir fotos de qualidade sem precisar sair de casa. Entre elas estão a Mitsubishi CP-D2E, a Canon Selphy CP760 e a Hiti S420.

Essas impressoras são capazes de imprimir fotos em formato 10 x 15 cm em pouco mais de um minuto. O resultado é surpreendente e é semelhante a uma foto impressa em um laboratório profissional.

Os três modelos contam com o recurso PictBridge. Com essa interface, é possível imprimir fotos diretamente da máquina fotográfica de qualquer marca, sem auxílio de um computador. A conexão é feita por um cabo USB e as opções de impressão são visualizadas no visor da câmera. Esse software permite inserir data na foto, modificar a quantidade de cópias a serem impressas, ou imprimir com ou sem borda branca.

Canon Selphy CP760
HiTi S420
Mitsubishi Sublime CP-2DE
Posição ranking1º lugar2º lugar3º lugar
Tempo de impressão*1'10" /1'10" /1'10"1'35"/ 1'35"/ 1'35"3'5"/ 1'45"/ 1'45"
Preço da impressão**R$ 1,92 R$ 1,40 R$ 1,40
Pontos positivosLeituras de muitos tipos de cartão de memória, ultraportátil, fácil de usar Boa calibração de fábrica, menor custo por foto do comparativo, Menu da impressora em português, leituras de muitos tipos de cartão de memóriaMenor custo por foto do comparativo; ultra-portátil; fácil de usar
Pontos negativosMenu da impressora em inglês, custo por foto muito alto, não veio com manual em portuguêsTamanho e peso, preço alto, programa pouco amigávelFalta de visor de cristal líquido na impressora, não veio com manual em português, não lê cartões de memória
PreçoR$ 349R$ 499R$ 350
  • * Tempo levado para impressão em Câmera, cartão de memória e computador, respectivamente
    ** Em laboratório fotográfico, o custo varia de R$ 0,45 a R$ 1,00


Custo e benefício

No Brasil não existe uma variedade muito grande de impressoras domésticas que utilizam o sistema de sublimação térmica. O custo por foto não é dos mais baratos, o que as torna pouco populares.

Os aparelhos testados, custam entre R$ 350 e R$ 500. Fora o custo da impressora, é preciso comprar os insumos necessários para seu funcionamento. Apenas a Canon Selphy inclui um kit de teste para a impressão de 5 fotos. Acompanham um cartucho de impressão para 5 fotos e 5 folhas de papel fotográfico.

É da Selphy CP760 o maior custo por foto. O preço dos kits das três impressoras é o mesmo, cerca de R$ 70. Mas o kit KP-36IP da Selphy pode imprimir apenas 36 fotos, contra 50 das demais. O custo da Selphy é de R$ 1,92 por foto, contra R$ 1,40 por foto das concorrentes.

Se comparado aos preços de laboratórios fotográficos, é um valor alto. Em uma pesquisa de preço, encontramos valores que iam de R$ 0,45 a R$ 1 real por foto. O prazo era inversamente proporcional ao preço. Quanto maior o prazo, menor era o preço. E acima de uma determinada quantidade de fotos, que variava de local a local, haviam bons descontos.

Testes

A mais completa...
Durante os testes, a Canon Selphy CP760 foi melhor que as demais. É a mais leve e compacta, com 900g.

A impressora é fácil de operar, diferente da Hiti S420 que requer familiaridade com o software. É a mais barata do comparativo, com o mesmo preço da Mitsubishi Sublime CP-D2E, R$ 350.

No entanto, o seu custo por foto é o mais caro do comparativo, ficando bem acima das outras duas.
A mais simples...
A Mitsubishi CP-D2E ficou na lanterna do teste. Ela não possui tela de cristal líquido e nem lê cartões de memória.

Só é possível imprimir uma foto direto da câmera utilizando o PictBridge. Essa operação requer paciência, pois a impressora levou 3 minutos e 5 segundos, o maior tempo do comparativo.

Mesmo quando imprimimos através de um computador, a impressora é mais lenta que as demais, demorando um minuto e 45 segundos, contra um minuto e 10 segundos da Selphy CP760, a mais rápida do teste.

Apesar disso, seu custo por foto é o mais baixo, empatado com a Hiti S420 em R$ 1,40 por foto.
Para testar os equipamentos, imprimimos fotos com tons de pele e cinza, que são muito suscetíveis à variação de cor. Além disso, comparamos o resultado final com o objeto fotografado, para ver qual chegava mais próximo ao original. Imprimimos também as mesmas imagens em laboratórios profissionais, para verificar a diferença que existe entre elas.

Todas as fotos que foram impressas tinham resolução maior que 300 dpi, em formato 10 x 15 cm, que é a resolução mínima para uma impressão de qualidade. Essa resolução equivale a uma foto tirada de uma câmera de 2 megapixels. Foram avaliadas velocidade, facilidade de uso, portabilidade e suas funções adicionais.

Quanto a velocidade, elas são impressoras extremamente rápidas. Levam normalmente pouco mais de um minuto para imprimir uma foto e ela já sai com a tinta seca.

Resultados

O resultado de impressão variou, assim como existem variações de um laboratório fotográfico para outro. As fotos foram impressas nas configurações padrão das impressoras. A Mitsubishi CP-D2E apresentou uma leve saturação na cor magenta. Suas fotos ficaram mais escuras que as demais e os tons de pele ficaram mais avermelhados. Já a Canon Selphy CP760 apresentou uma falta de magenta e um pequeno excesso de ciano, deixando as imagens mais claras e levemente azuladas. A Hiti S420 apresentou um bom equilíbrio de cores, se mostrando a mais calibrada do comparativo.

Comparadas lado a lado, é impossível distinguir qual foi impressa em laboratório fotográfico e qual foi impressa em casa. As variações de cores são sutis e a qualidade é excepcional. A Canon Selphy CP760 possui a menor resolução das três, 300 dpi, e perde por pouco da Mitsubishi CP-D2E, que tem uma resolução de 306 dpi. A Hiti S420 tem 403 dpi, a maior do teste.

A impressão com bordas brancas pelo PictBridge deixou a desejar. Nas três impressoras, as bordas laterais eram maiores que as bordas superior e inferior. O resultado é muito ruim, o que desestimula a imprimir fotos dessa maneira. Uma alternativa é imprimir através do computador na Hiti S420 e na Canon Selphy CP760. Seus softwares permitem a impressão com bordas com um resultado mais satisfatório.

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