Top 10: conheça quem, por pouco, não se deu muito bem com a tecnologia
Ronald Wayne
Quando se fala em criadores da Apple, vem à cabeça Steve Jobs e Steve Wozniak. Havia, entretanto, um terceiro homem envolvido nos primeiros passos da empresa: Ronald Wayne era o responsável pelas finanças, além de ter criado o primeiro logo e o manual do primeiro computador da empresa. Ele saiu da sociedade porque Jobs queria pedir empréstimo. Com medo de perder o que possuía, vendeu sua parte por US$ 800 (cerca de R$ 1.600). Em 2011, escreveu uma autobiografia.
Joe Green
O colega de quarto de Mark Zuckerberg na Universidade de Harvard ajudou o milionário a criar o antecessor do Facebook, chamado FaceMash – para isso, invadiram a rede da universidade. Eles foram pegos e ameaçados de expulsão. Quando Mark teve a ideia do Facebook e convidou Joe para o projeto, ele recusou: tinha medo de se complicar. Joe completou a faculdade e criou o aplicativo Causes, que arrecada doações para instituições de caridade.
Alexey Pajitnov
Pajitnov trabalhava para a Academia de Ciências da Rússia e, nas horas vagas, criava joguinhos -- até que o matemático desenvolveu o "Tetris". Por ficar muito viciado no game – a ponto de não conseguir finalizá-lo –, Pajitnov desistiu do projeto com medo de ser acusado de viciar os pesquisadores. Porém, o jogo continuou sendo distribuído até chegar a uma empresa interessada em comercializá-lo. Alexey só conseguiu recuperar os direitos autorais de seu jogo em 2004.
Hubert Chang
Hubert Chang conta que, em 1997, começou a trabalhar com dois outros alunos de Universidade de Stanford (Larry Page e Sergey Brin) no projeto PageRank – que deu origem ao Google. O PageRank foi apresentado em uma conferência, mas Chang disse que não queria colocar seu nome porque estava muito ocupado com seus estudos (e não achava que o PageRank teria futuro). Ele chegou a processar os dois antigos colegas, mas não ganhou a ação por não ter provas suficientes.
Andreas Pavel
Em 1972, Andreas Pavel – alemão que se mudou para o Brasil aos seis anos – criou um toca-fitas portátil chamado Stereobelt. Depois que empresas como Yamaha e Philips recusaram comercializar o eletrônico, ele patenteou a invenção. No decorrer deste tempo, a Sony lançou seu Walkman, um produto muito parecido com o Stereobelt. Em 1979, ele processou a empresa e perdeu. Ele abriu outros processos e, em 2003, recebeu da Sony uma indenização extrajudicial que não teve o valor revelado.
Hércules Florence
O franco-brasileiro poderia ter se consagrado o pai da fotografia. Em 1833, criou um método para imprimir fotos usando papel sensibilizado com nitrato de prata. Ele batizou este experimento de photographie e registrou o nome no manuscrito "Livre d'Annotations et de Premier Matériaux". Três anos depois, descobriu que algumas experiências estavam sendo feitos na Europa e que os franceses eram considerados os pais da fotografia. Com isso na cabeça, decidiu abandonar seu projeto.
Daisuke Inoue
Em 1971, o japonês tinha uma banda que permitia a pessoas da plateia pegar um microfone e cantar durante as apresentações. Um dia, na falta de um dos integrantes ao show, Daisuke colocou músicas pré-gravadas para tocar, com o público acompanhando. Assim nasceu o karaokê. Depois de verem o grande fenômeno que era aquilo, grandes empresas começaram a comercializar a invenção. Inoue não pode reivindicar seus direitos, pois não havia patenteado a ideia.
Hans Lippershey
A história é muito antiga e pode ser intriga da oposição. Mas há uma versão de que o primeiro telescópio foi criado em 1608 por Hans Lippershey, e não Galileu Galilei. Aquele que ganhou a fama conheceu o engenhoso equipamento e fez um muito parecido, mas mais potente: com ele seria possível enxergar melhor as estrelas. Sem patentes envolvidas, os méritos da invenção ficaram com Galileu. Para Lippershey sobrou a homenagem de nomear uma cratera na superfície da Lua.
Kodak
A Kodak criou sua primeira câmera digital em 1975, mas decidiu não apostar nessa tendência porque era líder mundial em fotografia analógica. A companhia só mudou de ideia nos anos 90, depois que os concorrentes já tinham modelos no mercado. Na época, o público já havia adquirido os equipamentos da Sony e de outras fabricantes, dificultando que a Kodak seguisse o fluxo de inovações. Em janeiro de 2012, a companhia decretou falência.
Playstation
Em 1988, a Nintendo queria expandir o SuperNintendo, de forma que seu videogame passasse a rodar CD-ROM. Ela encomendou à Sony o projeto (as duas já haviam realizado algumas parcerias). No meio do caminho, a Nintendo se desentendeu com sua fornecedora e achou por bem repassar o projeto à Philips. Foi então que a própria Sony, que já estava com boa parte do projeto pronto, decidiu ela mesma bancar e colocar no mercado seu primeiro videogame.