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Presidente da Apple conta em livro que doaria fígado para Steve Jobs

Tim Cook (esq.), atual diretor-executivo da Apple, participa de coletiva nos EUA com Steve Jobs, que morreu em outubro de 2011 - Kimberly White/Reuters
Tim Cook (esq.), atual diretor-executivo da Apple, participa de coletiva nos EUA com Steve Jobs, que morreu em outubro de 2011 Imagem: Kimberly White/Reuters

18/03/2015 18h09

O atual presidente (CEO) da Apple, Tim Cook, propôs doar o próprio fígado a seu antecessor Steve Jobs, a fim de tentar um transplante que pudesse prolongar sua vida. Mas o cofundador da empresa, falecido em 2011, recusou prontamente.

Um novo livro, intitulado "Becoming Steve Jobs" ("Como Steve Jobs se tornou Steve Jobs", em tradução livre) que sairá em fins de março, narra o episódio e confirma a recusa de um dos responsáveis pela fundação do gigante na área de informática. Um transplante teria permitido o prolongamento de sua vida, quando ele sofria de um câncer no pâncreas.

"Ele me interrompeu no mesmo instante, quase antes de as palavras saírem da minha boca", relata Tim Cook no livro escrito por Brent Schlender e Rick Tetzeli.

Segundo Cook, Steve Jobs respondeu: "Jamais deixaria que você fizesse isso. Nunca".

No entanto, ambos compartilhavam o mesmo tipo sanguíneo, ainda por cima raro, e seriam compatíveis, é o que consta do livro.

O fígado tem a particularidade de se regenerar por conta própria. Assim, o transplante parcial de um doador saudável costuma ser possível.

Cook se declarou surpreso com a reação de Steve Jobs à sua proposta, feita em janeiro de 2009: "Eu disse a ele, 'Steve, estou em perfeito estado de saúde, aqui está o boletim médico. Posso fazer isso sem correr riscos'".

"Steve gritou apenas quatro ou cinco vezes durante os 13 anos que nos relacionamos: essa foi uma das raras ocasiões que ele se irritou comigo", acrescentou Tim Cook.