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Empresário acusa fundador do Uber de roubar sua ideia

Imagem do Celluride, app que, segudo empresário, é a base do Uber - YouTube/Reprodução
Imagem do Celluride, app que, segudo empresário, é a base do Uber Imagem: YouTube/Reprodução

17/05/2015 07h07

Somando-se a taxistas e autoridades de regulamentação em vários lugares do mundo, o aplicativo de transporte Uber agora enfrenta mais uma oposição: um processo relativo a propriedade intelectual que corre na Justiça americana.

A start-up tecnológica mais bem-sucedida do planeta, com valor estimado de US$ 40 bilhões, está sendo objeto de um processo no Supremo Tribunal de San Francisco por roubo de segredos comerciais.

Um empresário chamado Kevin Halpern afirma que o diretor-executivo (CEO) do Uber, Travis Kalanick, roubou dele a ideia de criar um serviço de "caronas" com motoristas particulares.

Halpern disse que contou os detalhes da empresa que estava desenvolvendo - a Celluride - a Kalanick quando ambos trabalhavam em escritórios próximos, no ano de 2006.

"Kalanick criou uma réplica exata da Celluride e chamou de Uber", disse Halpern em um vídeo publicado no Youtube sob o nome "O Grande Roubo do Uber", onde explica a suposta apropriação de sua ideia por parte do empresário.

Na versão dele, ambos discutiram "a enorme oportunidade de negócios no mercado do transporte privado, sobre a qual ele não tinha a menor ideia naquele momento".

"Kalanick foi muito bom e ganhou minha confiança", afirmou Halpern.

O processo também atinge o cofundador do Uber, Garrett Camp, e investidores que financiaram a ideia.

Segundo declarações do advogado da parte acusadora, Christopher Dolan, ao jornal "San Francisco Chronicle", Halpern "passou sete anos desenvolvendo a tecnologia que está na base do aplicativo Uber".

'Infundadas'

Um porta-voz do Uber, porém, negou as acusações. "São completamente infundadas. Nós defenderemos [esta tese] com vigor", disse.

O Uber foi fundado em 2009 com o valor de US$ 2,5 bilhões. De lá para cá, seu valor de mercado passou a superar o de outras empresas tecnológicas, como Twitter e Linkedin.

Não é a primeira vez que grandes empresas tecnológicas são processadas por motivos semelhantes. Isso já aconteceu com produtos do Google, Facebook, o iPhone da Apple, entre outros exemplos.

Halpern disse que ele e Kalanick tinham acordo de confidencialidade verbal, segundo o site especializado em tecnologia Cnet.com. E que ambos se reuniram em várias ocasiões para falar sobre o financiamento da nova empresa e o estabelecimento de uma possível relação de negócios.