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Vídeo viral 'humilha' pais que humilham filhos em vídeos virais nos EUA

08/06/2015 12h10

Uma mãe passa cinco minutos dando bronca em sua filha que mentiu a idade online. Um pai corta o cabelo da filha. Outra mãe dá chineladas no filho que gravou um vídeo íntimo da namorada.

Recentemente, o Facebook e as redes sociais estão recebendo uma onda de vídeos em que pais aparecem humilhando seus filhos e dizendo que publicar tais gravações é uma maneira de castigá-los e lhes dar uma lição.

Mas um pai americano resolveu rebater essa "moda" de vídeos virais de humilhação de crianças e adolescentes de uma maneira criativa.

Wayman Gresham postou um vídeo no qual aparece ao lado do filho. Ele em pé segurando uma máquina de cortar o cabelo; o menino sentado em uma cadeira, cabisbaixo.

Gresham, que tem quatro filhos e mora na Flórida (EUA), começa dizendo em um tom duro que não ensinou o filho para ele se comportar mal na escola ou agir como um bobo. "Sei que vocês já viram muitos vídeos de pais cortando o cabelo dos filho. E, agora, eu vou ensinar uma lição para o meu filho."

Mas, quando ele aponta a máquina para o cabelo do garoto para "puni-lo", o pai diz: "Espere um pouco, venha aqui me dar um abraço, filho".

Depois do abraço, Gresham diz que não há nada no mundo que o faria humilhar seu filho, seja cortando o cabelo dele ou de outra maneira.

"Ser um bom pai é muito mais do que isso. Ser um bom pai começa bem antes de vocês perderem o controle. É fazer seu filho ter certeza de que você o ama, independentemente do que ele seja ou o que ele faça. É mostrar o caminho sendo um exemplo para ele."

Gresham vem sendo elogiado como o pai que luta contra a humilhação online dos filhos, e seu vídeo já foi assistido mais de 21 milhões de vezes.

Ele encerra seu discurso com uma mensagem religiosa. "O que é importante é que você conheça Jesus Cristo", diz ele. "E, quando você conhecer Jesus Cristo, ele te mostrará como lidar com seu filho."

Pela lei brasileira, pais que postam vídeos expondo os filhos à violência física ou psicológica ou colocando a criança em situação constrangedora estão passíveis de serem penalizados, já que tais ações podem ser consideradas crimes com base no Estatuto da Criança e do Adolescente e na lei que proíbe o castigo físico, conhecida como Lei da Palmada.