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Como o WhatsApp grátis pretende fazer dinheiro

25/01/2016 13h42

Para a alegria de muitos usuários, o WhatsApp anunciou que seu serviço será totalmente grátis. Mas, então, como a empresa vai fazer para ganhar dinheiro, já que nem cobrará assinatura de seus usuários nem terá publicidade?

Durante muito tempo, o presidente da empresa, Jan Koum, manteve um aviso na parede de seu escritório que dizia: "sem anúncios, sem jogos, sem truques".

"A partir deste ano, testaremos ferramentas que permitirão ao WhatsApp manter comunicação (dos usuários) com empresas e organizações. Isso significa que o usuário poderá se comunicar com o banco sobre se uma transação recente foi fraudulenta ou com uma empresa aérea por conta de um voo atrasado", afirmou Koum, ao explicar o novo modelo.

Esses serviços de atenção ao cliente serão pagos, mas pelas empresas. Dessa forma, o WhatsApp pretende se tornar uma plataforma digital, como o que ocorreu com o Facebook Messenger, cuja base de clientes é de 800 milhões de pessoas.

Sem datas

O WhatsApp tem 990 milhões de usuários em todo o mundo, e por isso aposta que o serviço de comunicações entre clientes e empresas afetará todo o mercado de aplicativos de atenção ao cliente.

Até agora, o WhatsApp não forneceu datas para apresentar o novo serviço, mas o sucesso de aplicativos semelhantes na China e na Coreia do Sul na conversão a plataformas comerciais eletrônicas indicaria o novo caminho.

Um dos exemplos é o app chinês Wechat, que tem 650 milhões de usuários e permite que, além de trocar mensagens, uma pessoa possa chamar um táxi e até pagar uma multa.

Neste sentido, o Facebook Messenger passará em breve a oferecer o serviço de táxis Uber, enquanto o Google desenvolve um novo aplicativo que utilizará inteligência artificial com o mesmo fim.

Especialistas afirmam que os aplicativos de mensagens, por serem fáceis de usar e terem um grande número de usuários, são centros ideais para o desenvolvimento de serviços para clientes de empresas.