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Apple nega ter cooperado com espionagem dos EUA em iPhones

Em Washington

31/12/2013 17h43Atualizada em 31/12/2013 18h16

A Apple afirmou nesta terça-feira que "nunca trabalhou com a Agência de Segurança Nacional dos EUA para criar uma 'porta traseira'" que permitisse a espionagem em alguns de seus produtos, incluindo o iPhone.

O comunicado da firma respondeu a um artigo publicado na segunda-feira na revista alemã "Der Spiegel" sobre uma unidade dentro da Agência NSA, denominada Operações de Acesso Específico, cuja função é penetrar nos sistemas de computação estrangeiros para obter dados de interesse para a segurança nacional dos Estados Unidos.

O artigo menciona dezenas de artefatos e métodos, incluindos os preços por seu uso, em catálogos que a NSA poderia usar para escolher as ferramentas necessárias para sua espionagem.

O catálogos, sempre segundo o "Der Spiegel", incluíam uma variedade de ferramentas de intrusão em sistemas digitais que permitiam a espionagem em computadores portáteis, telefones celulares e outros artefatos de consumo.

Segundo o "Der Spiegel", esses programas provam que a NSA teve acesso a uma "porta traseira" para a entrada nos artefatos de computação que são usados por muitos consumidores.

Tais portas, sempre segundo o artigo, eram um programa chamado DROPOUTJEEP usado pela NSA e que, teoricamente, podia espionar "qualquer" iPhone da Apple, com 100% de êxito. Os documentos são de 2008 e isso siginifica que esses métodos foram usados com telefones dessa época.

O investigador, autor do artigo e "hacker" Jacob Applebaum, sustenta que o índice de êxito de 100% implica em uma colaboração por parte da Apple.

Em sua declaração divulgada hoje, a Apple sustentou que "não teve conhecimento deste suposto programa da NSA dirigido" a seus "produtos".

"Nos preocupamos com a confidencialidade e a segurança de nossos clientes", acrescentou. "Nossa equipe trabalha continuamente para fazer nossos produtos mais seguros e para facilitar que nossos clientes mantenham seus programas atualizados com os últimos avanços".

"Seguiremos usando nossos recursos para atacar os intrusos maliciosos e para defender nossos clientes dos ataques contra sua segurança, seja quem for que esteja por trás deles ", sustentou o comunicado da Apple.