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Sul-coreano causou maior vazamento de dados do país por menos de R$ 40 mil

Em Seul

22/01/2014 12h49

O empregado que supostamente vendeu a informação pessoal e bancária de 20 milhões de clientes no maior escândalo de vazamentos de dados da história da Coreia do Sul realizou a operação por menos de R$ 40 mil, revelou nesta quarta-feira a agência local "Yonhap".

Um funcionário da Korea Credit Bureau (KCB), empresa de análise de crédito, supostamente vendeu a companhias de marketing os dados pessoais e financeiros de quase toda a população ativa da Coreia do Sul.

A "Yonhap" afirmou hoje que o acusado, identificado pelo sobrenome Park, divulgou entre 2012 e 2013 os números de telefone, endereços, contas bancárias e cartões de crédito dos clientes em troca de 17 milhões de wons (cerca de R$ 37 mil).

Roubo de dados afeta quase metade da Coreia do Sul

Park foi acusado no início deste mês pela Procuradoria Geral e foi colocado à disposição da justiça, embora não tenha comparecido até domingo passado, quando as informações sobre o escândalo foram divulgadas.

Desde que o caso foi revelado há três dias, mais de 1,8 milhão de sul-coreanos cancelaram ou solicitaram o reenvio de seus cartões, outros milhares apresentaram denúncias e reivindicações, e vários diretores dos principais bancos e empresas de crédito pediram demissão.

Além disso, o governo sul-coreano anunciou hoje as primeiras medidas para prevenir que o caso não se repita.

Seul estabelecerá um marco legal para que as empresas financeiras sejam punidas com multas elevadas e a demissão de seus diretores caso divulguem os dados de seus clientes, informou a Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul.

O organismo também adiantou que as normas relativas à troca de informação de clientes entre empresas do setor bancário serão endurecidas, já que o vazamento em massa de dados aconteceu supostamente durante esse processo.

As informações roubadas poderiam ser usadas para fraudes telefônicas e pela internet, muito frequentes na Coreia do Sul, onde desde 2011 se multiplicaram as violações de dados e os ciberataque a entidades bancárias.