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Facebook busca aumentar conectividade gratuita na América Latina

10.abr.2015 - O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, participa da Cúpula das Américas realizada no Panamá - Jonathan Ernst/Reuters
10.abr.2015 - O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, participa da Cúpula das Américas realizada no Panamá Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

10/04/2015 17h32

A rede social Facebook busca concretizar acordos na Cúpula das Américas do Panamá para aumentar a conectividade online gratuita na América Latina, uma região onde mais da metade da população não tem acesso à internet.

O vice-presidente global de crescimento do Facebook, Javier Oliván, disse à AFP que mediante um acesso gratuito a diversos serviços de internet, a empresa busca aumentar sua presença na América Latina, onde 53% da população não está online.

"Estamos na Cúpula para nos unir ao diálogo na região sobre como levar conectividade a mais da metade da população latino-americana e mostrar que com as pessoas online podemos fomentar o desenvolvimento", explicou Oliván, de nacionalidade espanhola.

Para isso, o Facebook lançou uma ferramenta denominada internet.org, que permite que usuários de qualquer telefone móvel possam acessar gratuitamente serviços básicos, como Wikipedia, informação sobre clima, saúde, educação e empregos.

A aplicação internet.org foi lançada em janeiro na Colômbia; em abril na Guatemala e na última quinta-feira no Panamá.

Dilma e Zuckerberg - Dilma Rousseff/Reprodução Facebook - Dilma Rousseff/Reprodução Facebook
10.abr.2015 - A presidente Dilma Rousseff encontrou o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, durante a Cúpula das Américas
Imagem: Dilma Rousseff/Reprodução Facebook

O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, chegou esta semana ao Panamá para se encontrar com governantes latino-americanos. A previsão é de que ele se encontre entre sexta e sábado com os dirigentes mexicano Enrique Peña Nieto, com a argentina Cristina Fernández, e com a presidente Dilma para discutir o lançamento da iniciativa em cada país.

Oliván explicou que a meta é levar a aplicação a todos os países latino-americanos, embora isso dependa de um entendimento com operadoras locais de telefonia para a integração técnica do programa, e um diálogo com os governos para ver quais serviços interessam.

O programa permitiu a 7 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento acessarem a internet.

Estudos indicam que dois terços da população não estão conectadas à internet, e, desse total, 94% está nos países em desenvolvimento.

"Quando alguém estuda as barreiras à conectividade, acha-se que é porque as pessoas vivem em uma região sem infraestrutura de comunicação, mas os dados sugerem que 90% da população mundial vive em áreas onde há cobertura telefônica", o que permite acessar a rede através da internet.org.

O acesso à informação pela internet tem um impacto transformador sobre o usuário, que pode utilizar a rede para fazer negócios, enquanto as operadoras de telefonia se beneficiam porque o usuário muitas vezes passa de um plano simples de voz a um mais amplo de dados e se sente impulsionado a adquirir um telefone com maior capacidade.