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Wikipédia: os desafios de viver de doações

Cartaz na sede da Wikimedia Foundation no centro financeiro de San Francisco, Califórnia - Marion Strecker/UOL
Cartaz na sede da Wikimedia Foundation no centro financeiro de San Francisco, Califórnia Imagem: Marion Strecker/UOL

Marion Strecker

De San Francisco, Califórnia

24/05/2012 13h23

A Wikipédia não aceita nenhum tipo de publicidade nem nada cobra de seus usuários. Ela vive apenas de doações. E assim sustenta seus mais de 80 funcionários e todos os seus custos de operação, incluindo a tecnologia e os data centers.

Seus gastos de julho de 2010 a junho de 2011 foram de US$ 17,89 milhões. No mesmo período, a Wikimedia Foundation recebeu doações que somaram US$ 23 milhões. Ficou superavitária, por isso está podendo investir.

Nesse período, foram 573.568 os doadores. A doação média por pessoa foi de US$ 40,10. Os mais generosos, que doaram valores acima de US$ 1 milhão, foram três: Alfred P. Sloan Foundation, Starton Foundation e alguém que preferiu ficar anônimo.

O problema é que as campanhas para arrecadar doações estiveram muito calcadas na figura do fundador Jimmy Wales. E sua imagem pode se desgastar pelo excesso de uso. Até aqui, deu certo. Está no ar a preocupação sobre como será no futuro.

Enquanto isto, este ano, a mais prestigiosa enciclopédia do mundo, a Britannica, tomou a decisão de interromper sua edição em papel e se concentrar na internet, em forma de assinaturas online e aplicativos para aparelhos móveis, como manda o estilo de vida do século 21.