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Com iOS 6, Siri chega ao novo iPad e "aprende" cinco novas línguas -- menos português

Scott Forstall, vice-presidente de software do iPhone, anuncia a integração do iOS com várias funções do Facebook - Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Scott Forstall, vice-presidente de software do iPhone, anuncia a integração do iOS com várias funções do Facebook Imagem: Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

11/06/2012 15h42

O Siri, assistente comandado por voz existente no iPhone 4S, passa a poder ser utilizado também no novo iPad e terá suporte a mais cinco novas línguas (espanhol, italiano, coreano, mandarim e cantonês) – português ainda não. A novidade chegará aos dispositivos na atualização para o iOS 6 e foi anunciada nesta segunda (11) pela Apple no WWDC, evento anual para desenvolvedores promovido pela empresa nos Estados Unidos.

Scott Forstall, vice-presidente sênior do iOS da Apple, mostrou algumas das “200 novidades” que o iOS 6 vai trazer: a atualização do sistema operacional estará disponível no início do terceiro trimestre para o iPhone 3GS e modelos superiores, segunda geração do iPad e novo iPad, além da 4ª geração do iPod Touch.

Siri

Após oito meses de lançamento, o Siri “aprendeu” com seus próprios erros e limitações, segundo o executivo. A lista de idiomas “falados” pelo Siri também cresceu: além do inglês, francês, alemão e japonês, há agora suporte a espanhol, italiano, coreano, mandarim e cantonês, contemplando 60 países que falam essas línguas.  

O aplicativo passa a entender perguntas mais complexas e a abrir aplicativos. Por exemplo: uma parceria com o Yelp permite que você pergunte por lugares para jantar, veja a lista de restaurantes e possa já reservar uma mesa.

Outra novidade no Siri é sua integração com carros, para que possa ser usado sem que o usuário precise apertar o botão Home do iPhone 4S. Entre as fabricantes que terão carros integrados ao Siri, estão BMW, GM, Mercedes, Land Rover, Jaguar, Audi, Toyota, Chrysler e Honda.

Sistema próprio de mapas

Tal como os rumores da semana passada previam, a Apple lançou um sistema próprio de mapas no iOS 6 (o novo sistema operacional para dispositivos móveis da empresa). Com o “Guided Acess”, a empresa não vai mais depender do uso do Google Maps no seu sistema operacional.

O sistema de mapas da Apple conta com visão 3D dos locais. Segundo e empresa, o sistema conta com mais de 100 milhões de endereços comerciais cadastrados. Dessa forma, vai atuar não só como referência geográfica como também como um guia para se encontrar serviços.

O sistema de mapas também informará sobre ocorrências de incidentes. Ele será colaborativo, ou seja, os próprios usuários podem informar sobre atualizações. Com os dados das pessoas, será possível prever quais locais estão com mais tráfego. O sistema de mapas vai usar a tecnologia do Siri e também vai servir como navegador. Esse recurso está disponível para o iPhone 4S e o iPad novo.     

iOS 6: mais novidades

Outras novidades anunciadas para a nova versão do sistema operacional da Apple foram a possibilidade de uso do FaceTime, sistema de chamada com vídeo pela internet (Wi-Fi), também via rede celular.  É possível dar ao contato um número de celular ou sua Apple ID para que ele ligue pelo aplicativo.

O Safari, como anunciado anteriormente durante a apresentação do Mac OS X, será sincronizado entre dispositivos. Será possível ver no smartphone ou tablet as mesmas abas que foram usadas na versão para Mac do navegador de internet. Outros dados que serão sincronizados incluem histórico, favoritos e a lista de leitura.

Haverá maior integração entre o iOS 6 e o Facebook. Os usuário poderão publicar fotos e vídeos direto dos aplicativos nativos para isso nos dispositivos móveis e não mais pelo aplicativo do Facebook. O Siri também poderá ser usado para publicar esse conteúdo na rede social.

iOS 5 em números

Até março deste ano, 365 milhões de dispositivos móveis com iOS foram vendidos e cerca de 80% dos usuários possuem a versão 5 do software da Apple. Segundo a empresa, o nível de adesão ao software é bastante superior ao Android 4.0 (Ice Cream Sandwich), que chegou a apenas 7% dos usuários. Em termos de nível de satisfação, a Apple diz que 75% se dizem satisfeitos com o iOS, enquanto o Android tem apenas 50%.

O serviço iMessages, que funciona semelhante ao de SMS, alcançou 140 milhões de usuários, que enviaram 150 bilhões de mensagens. O Twitter teve o  triplo de mensagens desde o lançamento do iOS, com 10 bilhões de tuítes enciados de dispositivos com esse sistema.  

Novidades no Mac OS X

A atualização do Mac OS X terá 200 novos recursos, apenas alguns foram destacados durante a apresentação da WWDC. Um deles é a integração com o iCloud, sistema de armazenamento e sincronização de arquivos pela nuvem da Apple. Três novos aplicativos serão aperfeiçoados para uso com o iCloud: Messages, Reminder e  Notes.

O Mac OS X trará também um sistema de ditado, que lembra o Siri, assistente por voz do iPhone 4S. Segundo Schiller, o usuário pode ditar frases para o Facebook ou quaisquer aplicativos de terceiros, como o Microsoft Word.

Já o Safari, navegador de internet da Apple, passará a sincronizar dados entre dispositivos, como histórico de sites acessados e favoritos. Também será possível usar o Twitter direto do navegador, sem necessidade de acessar o site do microblog.

A atualização do sistema operacional da Apple estará disponível a partir de julho por US$ 19,99 nos Estados Unidos. A compra da licença permite a atualização do software em vários Macs.

A Apple afirma que 66 milhões de pessoas no mundo usam seus computadores Mac, o triplo de usuários que havia há cinco anos. Desse total, 26 milhões usam o Mac OS Lion em apenas um ano (a taxa de adesão é maior que a do Windows 7, que demorou 27 meses para atingir o mesmo nível).

MacBooks ficam mais rápidos e com tela melhor

Segundo a fabricante, o MacBook Air conta com gráficos 60% mais rápidos do que a geração anterior. O ultraportátil chega ao mercado com os novos processadores Ivy Bridge, da Intel, que têm até 2 GHz no core i7, memória de 8 GB e processamento gráfico 60% mais rápido (com placa Nvidia GeForce GT650M). A duração da bateria fica em torno de 7 horas de uso ininterrupto.

O MacBook Air permanece com dois tamanhos de tela, 11 e 13 polegadas, e ganha porta USB 3.0. O Macbook Air de 13 polegadas será vendido nos Estados Unidos de US$ 1.199 a até US$ 1.499, dependendo da configuração. Já o modelo de 11 polegadas será vendido por US$ 999 e US$ 1.099.

O lançamento da nova geração de MacBook Pro também foi uma das atrações do WWDC. A principal novidade do notebook é a tela retina. Esse tipo de display, segundo a empresa, melhora muito a qualidade da tela, que ficará com resolução de 2880x1800. “O número de pixels é quatro vezes maior do que a geração anterior do computador”, diz Schiller. Em uma resolução de 220 Di, o total de pixels chega a 5.184.000.

A empresa lançou modelos do MacBook Pro com tela retina e outros que são uma atualização dos modelos anteriores e que não têm a tela retina.

O peso do computador também impressiona. O Macbook Pro de 15 polegadas pesa cerca de 2,5 Kgs. O de 13 polegadas pesa 2 Kgs. Os dois modelos têm 7 horas de autonomia de bateria e a memória interna varia entre 512 e 768 GB -- nas versões sem tela retina.

Assim como o MacBook Air, o Mac Book Pro também conta com os processadores Ivy Bridge. O MacBook Pro tem o preço que varia nos Estados Unidos entre US$ 1.799 e US$ 2.199 para o modelo de 15 polegadas e US$ 1199 a US$ 1499 para o modelo de 13 polegadas. Os dois modelos de MacBook Pro com tela retina de 15 polegadas custam US$ 2.199 e US$ 2.799.

No Brasil, o MacBook Pro sem tela retina custará entre  R$ 3.999 com tela de 13 polegadas e R$ 9.599 com tela de 15 polegadas. Serão vendidos dois modelos com tela Retina de 15 polegadas: um que custa R$ 9.999 (Intel Core i7 2,3 GHz e 256 GB de armazenamento) e outro que custa R$ 12.599 (Intel Core i7 quad core 2,6 GHz e 512 GB de armazenamento).

App Store em ascensão

Tim Cook, CEO da Apple, abriu o evento anual da Apple mostrando alguns dados sobre a App Store. Segundo o executivo, há mais de 400 milhões de contas abertas na loja de aplicativos da Apple, o que torna a App Store a “maior loja na internet do mundo com contas ligadas a cartões de crédito”.

A App Store chegou a 650 mil aplicativos, dos quais 225 mil são específicos para iPad. De acordo com Cook, a loja de aplicativos da Apple já ultrapassou a marca de 30 bilhões de downloads.

O CEO da Apple anunciou que a App Store estará disponível em mais 32 países, totalizando 155 no mundo. No Brasil, a App Store local foi aberta em dezembro do ano passado; por aqui, ela traz músicas e filmes, mas ainda não tem séries de TV e livros, como a loja online dos Estados Unidos.