Brasil lidera pedidos de censura de conteúdo no Google feitos por governos, aponta empresa
O Brasil está no topo da lista de pedidos de remoção de conteúdo em serviços do Google, segundo relatório de transparência divulgado nesta segunda (18) pela própria empresa. O período analisado foi de julho a dezembro de 2011.
Foram 194 pedidos de remoção de conteúdo feitos por meio de agências governamentais brasileiras, dos quais 54% deles foram atendidos pelo Google. Os Estados Unidos ficaram em segundo na lista, com 187 pedidos e 42% de índice de observância. Em terceiro, aparece a Alemanha, com 103 pedidos e índice de 77%.
Isso ocorre, de acordo com o Google, pela alta popularidade da rede social Orkut no país. Em dezembro de 2011, a empresa teve de retirar quatro perfis do ar por estarem relacionados a campanhas políticas.
Em um post no blog oficial, a empresa afirma que é crescente o número de pedidos de governos para remoção de conteúdo ligado a política, publicado por usuários nos vários serviços oferecidos pela empresa. “Esperávamos que isso fosse uma ‘aberração’. Mas agora sabemos que não”, escreveu Dorothy Chou, analista de políticas do Google.
Os pedidos de remoção de conteúdo político não vêm apenas de países autoritários, frisa a empresa. “É alarmante não apenas porque coloca a liberdade de expressão em risco, mas porque muitos desses pedidos de remoção são feitos por países dos quais você não suspeitaria – democracias ocidentais que não estão associadas tipicamente com censura”.
Somados os pedidos de todos os países, o Google afirma que removeu conteúdo mediante pedidos judiciais em 65% dos casos, enquanto pedidos informais atendidos pela empresa foram 47%.
Pedidos de dados de usuários
Essa é a quinta vez que o Google divulga seu relatório de transparência, desde sua criação em 2010. A empresa, além dos pedidos de remoção de conteúdo, também divulgou os pedidos de entrega de dados de usuários feitos à empresa.
Nesse caso, os Estados Unidos lideram a lista, com 6.321 requisições, das quais 93% foram atendidas. Em seguida, aparece a Índia, com 2.207 pedidos e 66% de observância. Em terceiro, está o Brasil, com 1.615 pedidos e índice de 90%.
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