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Cidade de San Francisco veta produtos da Apple por causa de "selo verde"

Parceria entre Apple e San Francisco fez cidade virar QG da empresa. Será que isso vai mudar? - Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Parceria entre Apple e San Francisco fez cidade virar QG da empresa. Será que isso vai mudar? Imagem: Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

12/07/2012 10h39

Três dias após a Apple anunciar que não vai mais utilizar o selo verde EPEAT (que garante que os produtos foram fabricados de forma sustentável), a empresa já sofre a primeira consequência. A prefeitura de San Francisco (Estados Unidos) anunciou que não vai mais comprar produtos fabricados pela empresa criada por Steve Jobs.

A decisão do poder público da cidade americana põe fim (pelo menos por enquanto) em uma relação de amizade entre a prefeitura e a empresa. As boas relações ajudaram a transformar o Vale do Silício na capital mundial do desenvolvimento tecnológico. Além disso, a Apple e San Francisco sempre estiveram juntos no apoio a movimentos como o gay, hippie e ambientalista.

De acordo com o “Wall Street Journal”, a empresa será notificada por escrito que os computadores da Apple “não estão qualificados para serem comprados com o dinheiro público da cidade”. A situação só voltaria ao normal se a empresa voltasse a utilizar o selo EPEAT.

Em resposta, a Apple afirmou que está criando os seus próprios padrões de fabricação de produtos e que eles são “superiores ao EPEAT em alguns pontos”. A empresa convida aos interessados a conhecer os padrões que estão no site oficial.

Entenda o caso

No dia 09/07, a Apple anunciou que não vai mais utilizar o Eletronic Product Environmental Assessment Tool (EPEAT). O selo é uma certificação de que os produtos estão sendo fabricados de acordo com os padrões da Green Electronics Council (conselho que estabelece normas ambientais nos EUA).

De acordo com a empresa, as normas não estão adaptadas aos tablets e smartphones. Para a Apple, o maior problema está no item que exige a reutilização dos produtos. Essa exigência é impossível de ser cumprida porque não há como retirar a bateria de novos produtos como, por exemplo, o iPad e o novo MacBook Pro. A decisão está causando impactos negativos à empresa.