Ex-técnico de informática diz ter dores causadas por alergia a tecnologia
O ex-técnico de informática Phil Inkly, 36, diz ter sido forçado a se mudar para um local isolado por causa de uma alergia a tecnologia. Segundo ele, que vive em um trailer numa região isolada da Inglaterra, o problema que ele mesmo diagnosticou tornou impossível suportar a vida moderna.
Inkly afirma ter sintomas como nariz escorrendo, escurecimento da vista, problemas no sono e dor de cabeça ao ficar perto de itens tecnológicos – ao “Daily Mail”, ele citou a radiação do Wi-Fi, dos telefones portáteis, do micro-ondas e da TV. O problema foi diagnosticado pelo paciente como hipersensibilidade eletromagnética – algo raro, mas já conhecido.
Nos Estados Unidos, há uma vila com 143 moradores que relatam o mesmo problema e vivem no local para se isolar das ondas eletromagnéticas.
Inkly diz que a fuga para uma região de floresta foi a única alternativa para controlar as dores insuportáveis. Segundo o “Daily Mail”, seus médicos temem que a radiação possa ter causado um tumor em seu cérebro, mas não podem fazer uma radiografia por conta da extrema sensibilidade do paciente.
“Eu fiquei tão doente [por causa das ondas eletromagnéticas] que passei a acreditar que viver na mata salvaria minha vida. Só assim que consegui dormir e controlar a dor”, afirmou o ex-técnico de informática. “Perdi minha vida social, minha vida amorosa e meu trabalho porque estou sempre doente e só consigo ficar em áreas com pouca radiação. Por causa disso, o dinheiro é sempre pouco”, afirmou Inkly.
Inkly diz que a fuga para a floresta foi a única alternativa para controlar as dores insuportáveis
Doença ainda não reconhecida
O médico Andrew Tresidder, da Escola de Medicina de Bristol e estudioso de eletrosensibilidade, acredita que Inkly possa sofrer de sensibilidade eletromagnética, uma condição ainda não reconhecida cientificamente devido à falta de evidências. “Os sintomas variam de fatiga, dores de cabeça, visão turva, formigamento, distúrbios do sono, dores nas articulações e dedos, coração acelelerado, entre muitos outros sinais”, diz.
Segundo Tresidder, esses sintomas seriam causados por tecnologias transmissoras, como a de um celular ou do sinal Wi-Fi, que alterariam de alguma forma o sistema endócrino do paciente.
“Infelizmente, autoridades governamentais ainda consideram esse distúrbio como psicológico”, lamenta o médico. “Há várias pesquisas científicas que mostram os efeitos adversos que campos eletromagnéticos têm em sistemas biológicos, inclusive humanos”, complementa Tresidder.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.