A câmera Panasonic Lumix FH4, de 14 megapixels, não impressiona à primeira vista. Tem design compacto, sendo bastante fina. Faz imagens de qualidade, com boa definição de objetos e cores vivas, principalmente quando o recurso de retoque automático das fotos está acionado. Seu principal atributo, entretanto, é o excelente pacote de edição de imagens que acompanha o equipamento (em CD-ROM).

É tão bom o conjunto de ferramentas gráficas que os pormenores da câmera ficarão para depois. O CD, além do manual do produto, conta com programas para edição tanto de vídeos quanto de fotos. Ambos oferecem ótima experiência para edição do conteúdo: são fáceis de manipular até mesmo para quem nunca se entendeu muito bem com o rudimentar Microsoft Paint.

Há possibilidade desde procedimentos simples para fotos - como brilho, contraste e filtros variados - até montagens e edição de vídeos realizados com a Lumix. Para quem deseja fazer criações e subir em redes sociais, os programas de edição que acompanham a máquina são perfeitos.

De volta à câmera em si, outro ponto que agrada são seus poucos botões. Com sete, no total, um deles é responsável por acionar os principais recursos do aparelho. Os ajustes e configurações são muito fáceis de realizar –ações como aproximar e distanciar, ligar ou desligar o Flash, voltar e excluir imagem são realizadas quase que intuitivamente.

Um dos pontos negativos é seu display. Nas primeiras fotos, há a impressão de que as imagens não ficaram com boa qualidade. A tela as apresenta, sempre, um tanto escurecidas. Eventualmente, até borradas. Entretanto, quando vistas no PC ou impressas, as mesmas imagens ganham cores, contornos perfeitos e apresentam luminosidade. Em resumo: ficam fiéis ao que se deseja reproduzir.

O mesmo ocorre quando a Lumix está no modo de filmagem. Sua captura de vídeo é bastante boa, embora o conteúdo seja apresentado de forma ruim em seu display. Quando transferidos para o PC, percebe-se o resultado real, sem interferência da tela da câmera.

A Lumix passou no teste do estabilizador óptico, responsável em oferecer uma imagem nítida mesmo quando as mãos tremem no momento da captura. Com vibração de baixa intensidade, registra fotos bem nítidas. O modo de foto panorâmica também chamou a atenção. Depois de algum tempo quebrando a cabeça para entender como acionar (sem ler o manual), o aparelho tirou fotos na sequência e depois os uniu, formando a imagem estendida. O resultado geral é bom.

Os zoons de 4x e 8x (óptico e inteligente) até fazem um bom trabalho, embora não impressionem – quando se optapor ambos em sua escala máxima, as imagens ficam bastante borradas. Por fim, a câmera conta com um recurso de captura rápida, com o qual, em tese, ela poderia ser acionada a qualquer momento, respondendo de imediato aos comandos do usuário. Na prática, ela se mostrou tão ágil (ou tão lenta, de acordo com a velocidade do objeto a ser fotografado) quanto qualquer outra câmera.