Difícil de operar, tablet HP Slate 2 tem hardware e preço de notebook
Quando cedeu para testes o tablet corporativo Slate 2, a HP esqueceu de enviar a senha de acesso ao sistema. A dica (fornecida para quem esquece a palavra-chave) era o vocábulo “luta”. Depois de um demorado processo de tentativa e erro (e, ironicamente, muita, muita luta), descobriu-se o código e, finalmente, a reportagem do UOL Tecnologia conseguiu utilizar o novo portátil da companhia.
Direto ao ponto
Nome: | HP Slate 2 |
Tela: | 8,9 polegadas |
Sistema operacional: | Windows 7 Professional |
Processador: | Intel Atom Z670, de 1.5 GHz |
Câmera: | 3 megapixels |
Memória RAM: | 2 GB |
Espaço de armazenamento: | 64 GB em SDD |
Conexões: | Wi-Fi, Bluetooth 4.0, micro SD, modem 3G, P2 e USB |
Preço sugerido: | R$ 2.750 |
Pontos positivos: | Hardware de ponta, excelente suporte a multitarefas. |
Pontos negativos: | Duro de operar, caro. |
Utilizar é modo de dizer. Passada a tela de proteção inicial, descobriu-se que a luta estava apenas começando. Manusear o Slate 2 é tarefa muito, muito árdua. O Windows 7 Professional, que está embarcado no tablet, não responde bem a comandos dos dedos. Operá-lo com a caneta que o acompanha também é difícil. Escrever por meio do teclado Swype, que aparece e some da tela quando bem entende, só é pior do que tentar dar comandos via “letra de mão”, no qual ele reconheceria a letra do usuário. Os problemas são gerais: acertar o alvo, marcar a caixa de texto correta, inserir dados em barras.
A simples tarefa de abrir um navegador, entrar no YouTube e assistir a um vídeo qualquer torna-se um suplício com o Slate 2. Nos testes realizados, a tentativa de ver qualquer clipe do Maroon 5 levou longos dez minutos e, como resultado, o que apareceu na tela foi um belíssimo vídeo da Marrom (no caso, Alcione cantava Meu Ébano). Em diversos casos, os teclados eletrônicos de alguns sites (como do próprio YouTube ou do buscador Google) se sobrepõem ao do tablet e a bagunça fica completa.
O Slate 2 lembra muito os tablets de outrora, com sistemas operacionais tradicionaisetela com suporte a toques, mas sem os teclados que os acompanhavam. Colocado ao lado de iPads ou tablets com Android, a interface ao usuário do Slate dá medo.
A prova cabal de que o Windows 7 Professional não é das melhores coisas para ser dedilhado ou operado com uma canetinha é que a própria Microsoft desenvolveu a interface Metro (presente no Windows 8 e no Windows Phone). Ela pode ser aplicada a portáteis e operada por meio de dedos sem complicações, apertos e dificuldades.
Nem tudo é fraco no equipamento, pelo contrário - ele conta com configurações de um pequeno notebook. Mesmo sem traquejo, é bem robusto: tem processador de 1.5 GHz, 2 GB de RAM e espaço de armazenamento de 64 GB, em um disco SSD.
Supondo que o usuário se acostume a operá-lo, ele pode ser considerado um notebook. O equipamento permite visualizar filmes em todos os formatos compatíveis com o Windows 7, com ou sem legenda. O áudio é cristalino e ele se porta de forma excelente quando o assunto é multitarefa. Tem suporte a Flash (algo que nem é mais tão determinante hoje em dia, uma vez que a própria Adobe desistiu do plugin para portáteis).
Do ponto de vista de velocidade e performance, alternar um vídeo para uma música(ou para um programa de e-mails, para um navegador ou para o que quer que seja), o Slate 2 realiza as alternâncias ou processos sem bambear.
Não bastasse esse caminhão de recursos, ele ainda é vendido com alguns acessórios bastante interessantes (além da inoperante caneta). Chama a atenção um dock multimídia que acrescenta várias conexões ao tablet. O conjunto da obra, de acordo com a HP, vale R$ 2.750 e é voltado ao mercado corporativo. Caso opte por adquirir um que venha com senha, uma boa pedida é tentar o termo “jiu-jítsu”. É destravá-lo e começar a brigar.
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