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Impulsionado por smartphones, acesso móvel cresce quase 50% no ano e chega a 60 mi

De acordo com pesquisa, barateamento de smartphones tem ajudado a impulsionar o mercado móvel - Thinkstock
De acordo com pesquisa, barateamento de smartphones tem ajudado a impulsionar o mercado móvel Imagem: Thinkstock

Guilherme Tagiaroli

Do UOL, em São Paulo

28/08/2012 11h39

O Brasil alcançou no mês de julho a marca de 60,1 milhões de acessos de banda larga móvel. Houve um crescimento acumulado (do início do ano até julho) de 46%. É o que mostra o estudo Balanço da Banda Larga 2012 apresentado nesta terça-feira (28) feito pela consultoria Teleco sob encomenda da Huawei (fabricante chinesa de produtos de telecomunicações).

O estudo mostra que o grande responsável para o aumento de acessos são os smartphones. “Hoje em dia quem compra aparelho novo tende a adquirir um com tecnologia 3G", disse Eduardo Tude, presidente da consultoria. Até o fim do ano, a expectativa é que o número de acessos móveis chegue a 73 milhões.

O mercado tem dado condições para o acesso a aparelhos 3G, que sempre foram associados aos altos preços. O custo médio desses aparelhos apresentou redução de 7,8% acumulada (do inicio do ano até junho).  A média do valor de um smartphones com conexão 3G no país é de R$ 1.002 (pré-pago). O mais barato disponível no mercado custa R$ 399.

O estudo também detectou certa redução no uso de acessos feitos por terminais GSM no Brasil, que estão sendo trocados por terminais 3G. No primeiro trimestre do ano, os acessos GSM somavam 197,5 milhões. Este número caiu para 196,4 milhões.

Só no segundo trimestre de 2012, os acessos 3G apresentaram crescimento líquido de 6,8 milhões. Ao todo, 22,5% dos celulares do mercado brasileiro funcionam com a tecnologia 3G.

De acordo com o levantamento, a densidade de acesso móvel do país (alcance) é de 30 acessos para cada 100 habitantes. O número é baixo comparado ao de países desenvolvidos, que tem alcance de 56,5 acessos para cada 100 habitantes.

Banda larga fixa

O acesso de banda larga fixa no Brasil somou 17,9 milhões no segundo trimestre do ano. Comparado ao mesmo período do ano passado, este tipo de acesso cresceu 20%. O país tem o maior número de acessos da América Latina.

O alcance deste tipo de conexão, como ocorre com o móvel, é bem inferior comparado ao de países desenvolvidos. No Brasil, a média é de 9,1 acessos para cada 100 habitantes, enquanto em países ricos é de 25,7 acessos.

O número, segundo o estudo, poderia ser maior, uma vez que quase todos os municípios do país contam com estrutura de algum tipo de tecnologia de banda larga fixa (ADSL, Cabo ou via MMDS). “Existe a infraestrutura, mas faltam redes de acesso. É um pouco parecido com o que acontece com São Paulo. Há locais na cidade que em uma rua tem internet, enquanto outra não tem. O desafio das operadoras é aumentar a capilaridade”, analise Tude, da Teleco.

O levantamento também verificou que as ofertas das operadoras estão ligadas diretamente a de serviços convergentes: quanto mais serviços (TV, telefone e internet), menor o custo para o consumidor. Em média, contratar internet fora dos combos custa 60% mais caro.

Metodologia

A fonte dos dados apresentados no levantamento “Balanço da Banda Larga 2012” é resultado de uma compilação de informações das operadoras e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) consolidadas por analistas da consultoria Teleco.