Amazon atualiza linha de tablets e apresenta novos Kindles Fire ao mercado
A Amazon, empresa de comércio eletrônico americana, anunciou nesta quinta-feira (6) três novos modelos de tablet: o Kindle Fire HD de 7 polegadas, Kindle Fire HD de 8,9 polegadas e o Kindle Fire HD 4G com tela de 8,9 polegadas. A pré-venda dos aparelhos no mercado americano começará no mês de setembro.
Kindle Fire HD de 8,9 polegadas terá versão 4G
O Kindle Fire HD apenas com Wi-Fi será vendido em duas versões: uma com tela de 7 polegadas (US$ 199) e outra de 8,9 polegadas (US$ 299). O tablet terá 8,8 milímetros de espessura , 16 GB de armazenamento e processador dual-core TI OMAP 4470. O sistema operacional continua sendo o Android, mas com personalizações da Amazon. Os aparelhos estarão disponíveis no dia 14 de setembro.
Haverá ainda uma terceira versão do Kindle Fire HD com Wi-Fi e conexão sem fio via 4G. Além de suportar internet móvel, o tablet terá tela de 8,9 polegadas e 32 GB de capacidade. O portátil será vendido por US$ 499. Ao adquiri-lo, o usuário deverá assinar um plano de US$ 50 por ano. Com isso, ele terá direito a uma franquia mensal de 250 MB, 20 GB de armazenamento e US$ 10 de crédito na loja de aplicativos da Amazon. É possível fazer a reserva do aparelho a partir desta quinta (6), mas ele só estará disponível em 20 de novembro.
Já o Kindle Fire convencional recebeu uma atualização de hardware: terá um novo processador, que o deixará 40% mais rápido e o dobro de memória RAM. Ele continuará com uma tela de 7 polegadas, conexão Wi-Fi e apenas uma câmera frontal. A pré-venda do portátil começará em 14 de setembro e custará US$ 159. Durante o evento, não foram dadas especificações de hardware do aparelho.
De acordo com a companhia, o Kindle Fire HD terá duas antenas Wi-Fi para evitar interferências externas. Um software embarcado no aparelho escolherá qual antena está com o melhor sinal. “Wi-Fi importa muito. Outras fabricantes de tablet não prestam muita atenção neste recurso”, disse Jeff Bezos, diretor-executivo da Amazon, durante a apresentação. O Fire HD contará com dois alto-falantes Dolby Digital Plus.
"As pessoas não querem mais gadgets. Elas querem serviços. E o Kindle Fire é um serviço", explicou Jeff Bezos, diretor-executivo da Amazon. Para ilustrar a ideia, Bezos disse que "se alguém compra um hardware e nunca usa, nós não merecemos ganhar dinheiro". A companhia costuma lançar aparelhos baratos com a perspectiva de que o atrativo seja o ecossistema que ela oferece, no caso livros, músicas, vídeos e armazenamento de arquivos na internet.
A Amazon tem planos de desembarcar no Brasil: a previsão era de que as operações começassem no dia 1º de setembro, mas recentemente os planos foram adiados.
Melhorias de software
Na parte de software, o Kindle Fire traz a funcionalidade Whispersync. Ela permite que o tablet leia um livro para o usuário. O diferencial da nova versão é que será possível começar a “ouvir um livro” em um dispositivo e terminar em outro, pois este sistema estará sincronizado na internet.
Para quem gosta de assistir filmes no tablet, a funcionalidade X-Ray permitirá ver informações de um ator no meio de um filme. O X-Ray conta com o banco de dados do Imdb, site da Amazon que reúne informações sobre filmes e atores. O X-Ray também funcionará para livros e textos. Neste caso, o X-Ray vai mostrar a definição dos termos que estiverem presentes na publicação.
Voltado para pais que emprestam o tablet para os filhos, a Amazon também traz o Time Limits, um aplicativo que ajuda o responsável a limitar o tempo que as crianças poderão mexer no aparelho. Após o tempo configurado, o aparelho é travado.
Leitores digitais
A companhia apresentou o Kindle PaperWhite, um leitor digital compacto com 62% mais pixels que os modelos anteriores lançados pela Amazon. O aparelho tem como destaque a bateria (que segundo a empresa tem duração de 8 semanas) e a tecnologia da tela. Diferente das telas de LCD que a luz é emitida para quem vê, na tela do Kindle PaperWhite a luz é emitida para a parte de baixo do display -- isso faz com que o leitor não se canse rapidamente.
Jeff Bezos, diretor-executivo da Amazon, exibe o leitor Kindle PaperWhite em evento nos EUA
Como funcionalidade, o PaperWhite traz o recurso "time to read", que calcula quanto tempo você está gastando em um capitulo ou em um livro. Além disso, ele traz sete tipos de fontes e diversos ajustes de tamanho de letra.
O PaperWhite, da Amazon, será vendido nas versões apenas Wi-Fi (US$ 119) e com Wi-Fi e 3G (US$ 179). A pré-venda dos leitores nos Estados Unidos começará em 1º de outubro.
A companhia também vai disponibilizar uma versão do Kindle, que exibirá propagandas, por US$ 69 a partir de 14 de setembro. No ano passado, no mesmo evento, a companhia havia anunciado uma versão do leitor por US$ 79.
Facilidade na publicação
A Amazon anunciou que vai ter uma ferramenta para autores de livros publicarem livros diretamente na plataforma eletrônica da companhia. Chamado de Kindle Direct Publishing, o programa vai ajudar a desburocratizar a a publicação de novos autores. Segundo a companhia, dos cem livros eletrônicos mais vendidos, 27 são de autores que lançaram a publicação diretamente no formato digital.
Além do livro convencional, a empresa vai disponibilizar para os autores o que eles chamam de Kindle Serials. Este formato consiste em um livro como se fosse uma “novela”. O autor, por exemplo, escreve um trecho da história e, com o tempo, vai atualizando.
Mercado de tablets nos EUA
A Amazon, gigante da área de varejo eletrônico nos Estados Unidos, iniciou no mercado de hardware com o leitor de livros eletrônicos Kindle em novembro de 2007. Após obter sucesso neste segmento com várias versões do e-reader, a companhia decidiu lançar o próprio tablet no ano passado chamado Kindle Fire.
Neste segmento, o mais usado pelos americanos ainda é o iPad, da Apple, com 62% do mercado de portáteis em forma de prancheta, segundo a consultoria Strategy Analytics. Na sequência, vem o tablet Kindle Fire, da Amazon, apresentado no ano passado com cerca de 20%. O aparelho foi o tablet mais bem sucedido com a plataforma Android em circulação no mercado americano.
Dentre os fatores que pesam em favor da Amazon estão o ecossistema (a companhia conta com loja própria de aplicativos, loja de músicas, livros e de vídeos) e o preço do aparelho. Enquanto o iPad mais barato custa US$ 399 (iPad 2 com 16 GB de capacidade e só Wi-Fi), o Kindle Fire custava apenas US$ 199 (versão com 8GB de capacidade e só Wi-Fi.
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