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Empregados da Foxconn entram em greve em fábrica na China, diz organização

Do UOL, em São Paulo

05/10/2012 18h24

Trabalhadores da fábrica chinesa de Zhengzhou da Foxconn, grande montadora de eletrônicos e fornecedora da Apple, entraram em greve nesta quinta (4), segundo a organização não-governamental China Labor Watch.

Cerca de três a quatro mil funcionários da produção teriam entrado em greve, segundo a ONG, depois de trabalharem durante a semana do feriado chinês do Dia Nacional, marcado por festividades em todo o país que começam em 1º de outubro.

Além disso, os empregados teriam passado por um controle de qualidade de produtos “extremamente rígido” sem terem recebido treinamento adequado anteriormente. Grande parte dos trabalhadores em greve, informa a “Bloomberg”, trabalham na linha de controle de qualidade.

De acordo com o comunicado de imprensa da China Labor Watch, houve uma briga entre trabalhadores da fábrica e inspetores de qualidade, em que “algumas pessoas ficaram feridas e outras hospitalizadas”. Os inspetores teriam sido ameaçados fisicamente e avisado o fato à direção da Foxconn, que não teria tomado nenhuma medida sobre o caso.

Tumulto generalizado

No final de setembro, uma das fábricas da Foxconn, grande montadora de eletrônicos e fornecedora da Apple, teve de ser fechada na China depois de um tumulto entre funcionários e a intervenção da polícia, afirmou a empresa ao “New York Times”.

Segundo a polícia, cerca de 40 pessoas foram hospitalizadas e algumas detidas depois do distúrbio dentro da fábrica, que evoluído para um protesto. A agência oficial ''Xinhua'' informou que cerca de 5.000 policiais foram enviados para encerrar a violência. Cerca de 79 mil pessoas trabalham na linha de montagem, localizada na cidade chinesa de Taiyuan, no norte do país.

A "Reuters" informou que o tumulto teria começado em um dormitório e envolveu cerca de 2.000 funcionários. A Foxconn disse à agência que investiga quais teriam sido as causas da briga, que teria envolvido trabalhadores de diferentes linhas de produção.

Comentários publicados online, porém, sugerem que guardas da unidade podem ser a causa do tumulto. Em uma mensagem publicada no microblog Sina Weibo, o usuário Jo-Liang disse que quatro ou cinco seguranças espancaram um trabalhador quase até a morte. Outro usuário citou um amigo de Taiyuan, dizendo que guardas surraram dois trabalhadores da província de Henan; em resposta, outros funcionários incendiaram camas e as atiraram para fora das janelas do dormitório. Os relatos não puderam ser confirmados de forma independentes.

De acordo com o “New York Times”, um porta-voz da Foxconn recusou-se a especificar se a fábrica de Taiyuan é responsável pela produção do iPhone 5, smartphone recém-lançado pela Apple