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Falha em aparelhos 3G permite que qualquer pessoa possa rastrear telefone, diz pesquisa

Pesquisa de universidades europeia mostra que falha de segurança em códigos da tecnologia 3G podem fazer com que cibercriminosos consigam rastrear qualquer telefone - Getty Images
Pesquisa de universidades europeia mostra que falha de segurança em códigos da tecnologia 3G podem fazer com que cibercriminosos consigam rastrear qualquer telefone Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

09/10/2012 12h03

Uma falha em códigos que fazem o telefone se conectar a redes de internet móvel 3G permitem que usuários mal-intencionados rastreiem qualquer telefone com a tecnologia.  A descoberta foi feita por uma pesquisa da Universidade de Birmingham (Reino Unido) em colaboração com a Universidade Técnica de Berlim (Alemanha). As informações são do blog americano “Mashable”.

Segundo a pesquisa, o ataque pode ocorrer por meio de um dispositivo rádio-base de celular (conhecido como femtocell), que atua como intermediário na identificação de um dispositivo. Por meio desta prática, o atacante pode forçar dispositivos móveis a revelar a TMSI, que é a identidade temporária do assinante móvel. A partir dessa informação, a operadora consegue detectar onde o assinante está e informar a melhor rede para o aparelho se conectar.

Pela falha também é possível que o atacante tenha quebre a autenticação de segurança de aparelhos 3G com suas respectivas redes.

A partir desses problemas, os pesquisadores informaram que alguém mal-intencionado pode rastrear, por exemplo, todos os movimentos de uma pessoa que está dentro de um prédio.

Os ataques citados acima requerem que o cibercriminoso precisa ter alto conhecimento técnico, estar próximo da vítima e comprar alguns equipamentos que, segundo os pesquisadores, são de fácil acesso. Porém, eles ressaltam que o processo pode ser simplificado por meio de ferramentas disponíveis no mercado.

Os pesquisadores britânicos e alemães disseram que informaram sobre as falhas para a 3GPP, guardiã global da indústria sobre assuntos relacionados à tecnologia 3G, há seis meses. No entanto, não houve qualquer tipo de correção.

O artigo que explica a falha foi publicado na revista australiana “SC Magazine” e pode ser lido (em inglês) na íntegra aqui.