Cheio de estilo, smartphone Prada responde rápido aos comandos; veja teste

Se considerado o preço, o smartphone Prada Phone by LG 3.0 tem a obrigação de ser fantástico. Entre os mais caros do mercado (preço sugerido de R$ 2.100), ele custa mais que aparelhos top de linha como iPhone 4S e Galaxy SIII – por isso, espera-se que encante seus usuários. E, nessa tarefa, ele se sai muito bem: seja por causa de seu estilo, tela, teclado ou velocidade para executar comandos. Confira teste do modelo que roda o sistema operacional Android 2.3.

Estilo

Para começo de conversa – e como seu nome antecipa --, o aparelho tem um design elegante. Todo preto, quadrado e com a marca estampada na parte de trás e na frente do aparelho, ele é realmente chique.

Experiência

Quando ligado pela primeira vez, o Prada Phone se mostra um tanto “dark”. Seu fundo todo preto dá um ar de breu que praticamente obriga ao usuário alterá-lo. A saída encontrada pela reportagem foi fotografar uma parede branca e usar como wallpaper: foi a melhor forma de conseguir enxergar o conteúdo de sua tela.

Com isso a qualidade do display se mostrou: uma tela grande e nítida que agrada muito. Todas as letras que nela aparecem seguem a fonte da marca italiana, mas há a possibilidade de trocá-la (claro que não há graça alguma mudar. Afinal, deve-se aproveitar tudo o que vem de diferente em um aparelho tão caro).

Os ícones são o grande diferencial do LG. Eles despertam certa curiosidade e bastante admiração. São como desenhos feitos à mão, de giz. Os únicos que seguem um padrão diferente são os dos produtos Google, que ficam separados no menu – e podem ter sua imagem trocada.

O teclado é sensacional. Talvez o melhor já testado em um smartphone pela equipe do UOL Tecnologia. Ele acompanha corretamente os dedos do usuário, tornando quase impossível quaisquer erros. Podem-se escrever grandes textos de forma rápida, mesmo usando o aparelho na vertical. Quando deitado, surgem teclas de, aproximadamente, 1 cm de largura, tornando-o muito bom para os adoradores de torpedos.

Bateria

Diferentemente de demais smartphones que só mantêm suas baterias por um dia, o Prada segura as pontas até um dia e meio, com uso frequente de internet e demais aplicativos.

Quando o assunto é carregá-lo, vem dor de cabeça. O aparelho demora cerca de 20 minutos só para iniciar o carregamento em tomadas convencionais. Daí para a frente, é ladeira acima com uma lata d’água na cabeça (tudo avança bem lentamente, sendo que a bateria carrega depois de várias horas).

Em um dos testes, a reportagem utilizava o GPS quando acabou a bateria. Foi então possível notar a dificuldade em energizar o aparelho por meio do carregador automotivo. Na verdade, ele não conseguiu dar carga suficiente para ligar novamente o smartphone em menos de um par de horas (o mesmo ocorre em portas USB de computadores de mesa).

Caso deseje ter o aparelho com vida durante toda a viagem, deixe-o carregando mesmo quando está com a bateria. Com isso, ele a mantém quando conectado ao carregador do automóvel. E, dessa forma, não deixa ninguém na mão.

Câmera

As câmeras (tanto frontal quanto traseira) são basicamente boas para fotos no dia a dia.

O smartphone é equipado com uma de 8 megapixel e um ótimo flash – o conjunto fotográfico é um dos aspectos medianos da câmera, oferecendo imagens meramente boas, em termos de definição e de cores. Essa qualidade, pelo menos, é coerente: ela se mantém estável em quaisquer ambientes, sejam eles claros e escuros, em dias chuvosos ou ensolarados.

Assim como as imagens estáticas, os vídeos realizados com o aparelho são bonzinhos. Nem mais, nem menos. Se estivesse no comparativo de smartphones com câmeras 8 megapixels, talvez fosse o aparelho com menor pontuação no quesito.

Velocidade

A velocidade apresentada pelo aparelho, tanto ao navegar na internet, quanto em todas as outras operações, é alta. Altíssima, aliás.

De acordo com a fabricante, tal capacidade está diretamente ligada à arquitetura “tri-dual baseada no processador TI OMAP4 presente no aparelho. Esta configuração permite transferência de dados ultrarrápida entre processador e memória do telefone”. De fato, e na prática, isso pode ser percebido no smartphone.

Sem engasgar, ele reproduziu vídeos, acessou a internet, baixou aplicativos, navegou nos mapas e em sistemas de GPS. Tudo isso ao mesmo tempo e de forma tão boa como se a reportagem estivesse trabalhando com um computador de mesa ou tablet de ponta.

Na verdade, e em resumo, o Prada é melhor do que muito PC nas prateleiras – e também bem mais caro que boa parte deles.