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Seu iPhone quebrou? Saiba quanto custa salvar o smartphone e como ''socorrê-lo''

Ana Ikeda

Do UOL, em São Paulo

18/10/2012 06h00Atualizada em 18/10/2012 14h39

Quebrar seu iPhone é a última coisa que você gostaria que acontecesse, mas até mesmo o usuário mais cuidadoso pode passar por isso. Telas estilhaçadas, aparelhos que caem na água, além de problemas no botão “home” são os problemas mais comuns apontados por assistências técnicas consultadas pelo UOL Tecnologia.  Embora seja possível salvar iPhones quebrados na maioria dos casos, as opções de conserto variam e o preço a pagar, como você já imagina, é alto.

Para casos mais graves há opção de encaminhar o aparelho dentro da garantia, que é de 12 meses, para a assistência técnica autorizada da Apple, seja indo até lá pessoalmente ou enviando o celular pelos Correios (veja a informação no site da Apple). As assistências têm 24 horas para fazer o diagnóstico do problema e, se ele não for decorrente de “acidentes, derrame de líquidos, desmontagem, assistência técnica não autorizada e modificações não autorizadas”, como adverte a Apple, é feita a troca do aparelho com problema por um iPhone novo, sem custos para o consumidor.

Caso sejam danos não cobertos pela Apple ou a garantia tenha expirado, o usuário também pode efetuar a troca do iPhone, mas pagando uma diferença de R$ 449 à assistência autorizada, no caso dos iPhones 3GS e 4, e R$ 549, no caso do iPhone 4S – como em um programa de recompra.

“A vantagem desse sistema em relação a levar o iPhone a assistências fora da rede autorizada é que, ao trocar o aparelho, o consumidor volta a ter um celular coberto pelo período de garantia”, explica Rodrigo Ferreira, diretor da Doctor Finder, autorizada da Apple em São Paulo. O diagnóstico e troca do iPhone ocorre, em geral, em cinco dias úteis, segundo Ferreira.

A troca, no entanto, não garante que os dados que o usuário guardava no iPhone serão recuperados. Em geral, esse serviço é oferecido à parte pelas assistências. Antes que o pior aconteça, mantenha sempre um backup atualizado dos dados do seu celular (veja no site da Apple como fazer isso)

Assistências fora da rede autorizada

Quem não tem R$ 449 “sobrando” na conta bancária pode recorrer a assistências técnicas não autorizadas. A vantagem delas são consertos mais rápidos e com preços razoavelmente mais baratos, dependendo do problema. Mas vale lembrar que, nos casos de aparelhos dentro da garantia, alterações no hardware feitas por essas empresas vão invalidá-la.

Se o iPhone precisa ter o vidro dianteiro ou a tela trocados, o conserto pode ser feito em até duas horas, segundo André Marcelino, diretor da iPhone Fix. “Quem tem iPhone dificilmente consegue ficar mais de um dia longe do aparelho e, em geral, é isso que acontece com o cliente que procurar uma assistência autorizada”, explica. O período de garantia do conserto dado por essa assistência é de seis meses, mas isso pode variar conforme a empresa.

Quanto custa consertar o iPhone

ProblemaAssistência autorizada*Não autorizada*
Tela ou vidro traseiro quebradosRecompra do iPhone - 3GS e 4 (R$ 449) e 4S (R$ 549)3GS (R$ 100); 4 (R$ 300); 4S (R$ 350)
Acidente com líquidosRecompra do iPhone - 3GS e 4 (R$ 449) e 4S (R$ 549)A partir de R$ 150
Botão home quebradoTroca dentro da garantia ou recompra do iPhone - 3GS e 4 (R$ 449) e 4S (R$ 549)De R$ 150 a R$ 250
Bateria com duração pequenaTroca dentro da garantia ou recompra do iPhone - 3GS e 4 (R$ 449) e 4S (R$ 549)De R$ 100 a R$ 300
Desbloqueio de operadoraNão fazRealiza. A partir de R$ 200 (varia caso a caso)

Já iPhones que foram “vítimas” de impactos mais fortes podem ter danos que vão além da tela e do vidro traseiro quebrados. Se for necessário trocar a placa lógica, o “cérebro” do smartphone, o cliente vai desembolsar só na peça R$ 600, em média. Isso torna então, mais vantajoso, recorrer aos R$ 450 na troca do aparelho em uma autorizada – desde que atendam às imposições da Apple.

Outro serviço bastante procurado nas assistências não autorizadas é o desbloqueio de aparelhos que são comprados no exterior (diferente do “jailbreak”, que é a alteração do sistema de fábrica fornecido pela Apple). O desbloqueio é necessário quando o iPhone é comprado em uma operadora estrangeira e só funciona com o chip fornecido por ela.

Mudança recente

O sistema de atendimento nas assistências autorizadas, até o início deste ano, era bem mais burocrático e demorado. Quem tinha comprado um iPhone em uma operadora tinha de tratar com a empresa. Quem havia comprado pela loja online da Apple, entrava em contato com o suporte da Apple e poderia enviar o aparelho via remessa pelo Correio. Só depois de avaliado o defeito, o reparo era feito.

Além de alterar o atendimento pelas assistências autorizadas de sua rede, a Apple criou o suporte online em português, segundo a assessoria de imprensa da empresa no Brasil. Pelo site, o usuário vai navegando por tópicos como bateria, sistema, iTunes, aplicativos e outros problemas. De acordo com o problema, o dono do iPhone é direcionado a dicas (bem básicas) para tentar solucioná-lo.

Caso queira, o usuário também pode contatar o suporte via telefone. É preciso inserir o número IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), número único que identifica cada celular no mundo. A partir dele, a Apple verifica se seu iPhone ainda está dentro da garantia. Você informa seu número de telefone e recebe uma ligação do suporte.

No teste feito pelo UOL Tecnologia, recebemos a ligação imediatamente após enviar o formulário no site – o sistema é totalmente automatizado. Depois, uma gravação dá a opção de falar com o atendente ou agendar a chamada para outro horário.

iPhones comprados no exterior

Quem comprava iPhones no exterior, até a mudança feita no atendimento ao consumidor feito no início do ano pela Apple, não tinha o aparelho coberto pela garantia mundial oferecida pela Apple. Isso porque não havia como a operadora de telefonia móvel que habilitava a linha no iPhone cobrir a garantia de um aparelho que não fora vendido por ela mesma.

Com o sistema de recompra do aparelho quebrado, consumidores com “iPhones gringos” já podem procurar as assistências autorizadas da Apple, desde que atendam às exigências da fabricante para o atendimento.

“Desde que o aparelho já tenha sido comprado desbloqueado na loja no exterior, efetuamos reparos, dentro e fora do período de garantia”, explica Ferreira. 

Já em relação ao iPhone 5, a garantia mundial da Apple só passará a valer nas autorizadas brasileiras, diz Ferreira, a partir do momento em que o aparelho começar a ser vendido no Brasil. O novo smartphone começou a ser vendido em setembro em 31 países e, de acordo com a Apple, deve chegar a mais 100 outros até o final deste ano -- o Brasil provavelmente está entre eles.

Para mais informações sobre o suporte da Apple no Brasil, acesse o site da fabricante.

*Preços consultados em outubro de 2012 na cidade de São Paulo