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Ministério das Comunicações planeja versão 2.0 de projeto para universalização da banda larga

Ministro Paulo Bernardo, durante evento para desenvolvedores de aplicativos para a Nokia  - Guilherme Tagiaroli/UOL
Ministro Paulo Bernardo, durante evento para desenvolvedores de aplicativos para a Nokia Imagem: Guilherme Tagiaroli/UOL

Guilherme Tagiaroli

Do UOL, em São Paulo

21/11/2012 15h45

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse em evento realizado nesta quarta-feira (21) que o governo planeja para o ano que vem políticas para a universalização do acesso à internet no Brasil. "Queremos que a internet seja universal como o rádio ou a TV", disse. Segundo o ministro, o plano será chamado de PNBL 2.0 (Plano Nacional de Banda Larga).

O PNBL oferece conexão de 1 Mbps (megabit por segundo) a R$ 35 mensais e consiste também na expansão da rede pública nacional de fibras óticas administradas pela Telebras (Telecomunicações Brasileiras). O objetivo, segundo o ministério das Comunicações, é fazer com que a rede atenda 4.283 municípios até 2014. Em setembro, o ministério anunciou que a banda larga popular estava disponível em 1.845 cidades brasileiras. 

"A primeira parte do plano, apresentada no ano passado, tinha como objetivo aumentar o acesso. Mas agora queremos que todas as pessoas possam acessar a rede e com uma boa velocidade." Bernardo citou como exemplo a falta de acesso à internet em áreas rurais. De acordo com ele, serão desenvolvidas redes 4G para essas áreas. "Há dois terços da população que não têm acesso e quer ter."

“Precisamos prover acesso para as pessoas que ainda não têm. Precisamos fazer a internet rural, colocar 4G. Quem está no campo precisa saber previsão do tempo, transações bancárias, etc”, continuou o ministro.

Paralelo ao aumento de abrangência do serviço, Bernardo afirmou que o ministério tem criado políticas para melhorar a velocidade da internet no país, como o Plano de Medição de Qualidade de Banda Larga. Atualmente, já é possível medir a qualidade da web e, recentemente, a Anatel liberou aplicativos para smartphones para medir a banda larga móvel.

Acessos móveis

Durante o evento, voltado para desenvolvedores de aplicativos para a plataforma Nokia,  o ministro também comentou sobre a necessidade de regulamentar melhor as regras desta área.

"Aplicativo é um mundo novo para gente e estamos começando a entendê-lo. Temos uma bitributação nesse tipo de serviço, o que inibe o desenvolvimento. Sabemos até que há brasileiros que vendem projetos para o exterior em função disso", disse.

A preocupação com o mercado de aplicativos tem relação direta com as previsões de crescimento do setor móvel. A expectativa da GSMA, entidade que representa empresas de telecomunicações e provedores, é que o Brasil salte de quase 60 milhões de acessos móveis contabilizados em 2012 para 130 milhões até 2014.

Nesta terça-feira, a Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações) divulgou que os pontos de acesso móveis à banda larga cresceram 74%, chegando a 65,5 milhões em outubro. No total, de acordo com a associação, o país tem 85,5 milhões de acessos (esses números referem-se a pontos de conexão e não à quantidade de internautas).