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Kim Dotcom ganha o direito de ver arquivos de espionagem ilegal referentes a ele

Em imagem de fim de setembro, fundador do Megaupload, fala com jornalistas após deixar corte de Wellington (Nova Zelândia) - Mark Coote/Reuters
Em imagem de fim de setembro, fundador do Megaupload, fala com jornalistas após deixar corte de Wellington (Nova Zelândia) Imagem: Mark Coote/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/12/2012 13h07

Kim Dotcom, fundador do serviço Megaupload (fechado no início do ano), ganhou o direito nesta de ter acesso aos arquivos coletados de espionagem ilegal feita pela polícia da Nova Zelândia. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (6) pela corte do país.

Com o veredicto, o fundador do Megaupload poderá ainda processar a agência de espionagem da Nova Zelândia pela ação ilegal. Dotcom foi preso pela polícia neozeolandesa no início de janeiro a pedido do FBI, polícia federal dos Estados Unidos.

O Governo dos Estados Unidos, após a prisão de Kim Dotcom, tenta extraditá-lo para que ele seja julgado em solo americano pelos crimes de lavagem de dinheiro e pirataria em massa. No entanto, com o desenvolvimento do processo, foram descobertas irregularidades (como a espionagem ilegal) que atrasaram o processo.

Em função da repercussão do caso, John Key, primeiro-ministro da Nova Zelândia, pediu desculpas públicas a Kim Dotcom pela espionagem ilegal e já tinha pedido para que o órgão responsável liberasse as evidências coletadas de forma não oficial.

Após sua prisão, Dotcom teve bens confiscados e contas canceladas. O governo neozeolandês concedeu a ele o direito de sacar mensalmente uma parcela de seu dinheiro para se manter. Recentemente, ele cogitou lançar um serviço de música chamado Megabox e que estaria disponível até o fim de 2012.

A audiência que definirá a extradição de Kim Dotcom para os Estados Unidos está marcada para março de 2013.

(Com The Guardian)