Conta anônima no Instagram gera tumulto, detenções e fecha escola na Suécia
Uma conta anônima criada na rede social de fotos Instagram causou protestos na terça-feira (18) entre estudantes de uma escola de Gotemburgo, na Suécia. A polícia teve de intervir, usando cavalos, cães e até helicóptero para dispersar cerca de 500 alunos – 27 pessoas foram detidas. Por causa do tumulto, a instituição permanecerá fechada nesta quarta-feira (19), segundo a imprensa local.
De acordo com a publicação “GT Expressen”, a conta anônima divulga rumores sobre a vida sexual de diversos estudantes. Uma menina de 17 anos, suspeita de ter criado o perfil que desencadeou os tumultos, foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos – não foi confirmado, no entanto, se ela é mesmo responsável pela conta. A jovem nega as acusações, mas o caso será levado à Justiça.
“Ela deve ser punida. Estamos aqui para nos vingar”, afirmou um jovem que estava no protesto de terça-feira ao “GT Expressen”.
O perfil com cerca de 6.000 seguidores (que não foi divulgado) usa fotos roubadas do Facebook e Twitter para difamar alunos da escola. Cerca de 200 jovens foram expostos, principalmente meninas, e a conta pedia que seus seguidores enviassem mais fotos para alimentar o perfil –muitas das pessoas expostas usavam pouca roupa. “Alguns fecharam suas contas no Facebook, porque têm medo de que alguém roube suas fotos”, afirmou ao “GT Expressen” uma jovem que quis manter o anonimato.
Jan Fredriksson, porta-voz do Facebook na Suécia (a rede social é dona do Instagram), pediu que os usuários denunciassem a conta. Ela será avaliada e possivelmente encerrada, mas o porta-voz afirmou que pode levar algum tempo. Segundo o “GT Expressen”, Fredriksson afirmou que a identidade do responsável pela conta deve ser descoberta com o inquérito policial.
Suspeita
O “GT Expressen” entrevistou a jovem suspeita de ter criado a conta. Ela diz que sua própria foto foi publicada no perfil, com um texto degradante. Ela então enviou um e-mail aos responsáveis pelo perfil no Instagram, avisando que levaria o problema à polícia. “Eles removeram a imagem, mas depois espalharam que eu estava por trás disso”, afirmou.
A história começou então a se espalhar, e a jovem foi apontada como responsável pela conta no Instagram. Na terça-feira, quando chegou à escola, viu o tumulto e a polícia. “Meu professor disse que me acompanharia à delegacia, pois assim seria mais seguro”, afirmou a jovem, que foi interrogada. “Não fiz nada, sou inocente. Não tenho do que me envergonhar.”
Ela não voltou para casa, está em um local diferente para preservar sua segurança. Também não sabe quando poderá voltar para a escola. “É uma sensação terrível. Sei que ela não fez isso, e a verdade sempre aparece”, afirmou a mãe da jovem, que também não teve a identidade revelada.
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