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Sexting: parlamentar britânica alerta que crianças de 11 anos já trocam mensagens de conteúdo sexual

Apesar de o sexting estar associado a telefones celulares, prática está presente também no Facebook - ThinkStock
Apesar de o sexting estar associado a telefones celulares, prática está presente também no Facebook Imagem: ThinkStock

Do UOL, em São Paulo

15/02/2013 10h39

A parlamentar britânica Claire Perry, considerada “guru” do premiê David Cameron para assuntos relacionados a crianças, fez um alerta nesta sexta-feira (15) na Câmara dos Comuns sobre a prática do sexting (compartilhamento de texto ou imagens de teor sexual, geralmente feito via telefones celulares).

Segundo ela, jovens de apenas 11 e 12 anos já utilizam plataformas de mídias sociais para enviar mensagens de conteúdo sexualmente explícito. Claire foi ainda mais específica, dizendo que é cada vez mais comum nas escolas garotos nessa faixa etária enviarem fotos de seus órgãos sexuais para as garotas. “Não há tecnologia existente que possa proteger nossas crianças contra isso”, afirmou, defendendo a importância da educação.

Apesar de o sexting estar associado principalmente a telefones celulares -- a palavra é uma junção dos termos em inglês “sex” (sexo) e “texting” (envio de mensagens) --, Claire afirmou que a prática está presente também no Facebook. Recentemente, a rede social lançou um aplicativo que pode facilitar o sexting ao permitir que usuários do iPhone enviem mensagens que se autodestroem em até dez segundos.

“Me parece que estamos fazendo experiências a longo prazo com nossas crianças, principalmente as meninas e as jovens adolescentes, ao expô-las no mundo virtual, de uma forma tão livre, a conteúdos violentos, degradantes e muitas vezes sexualizado”, afirmou, segundo o “Daily Mail”, durante um debate sobre a necessidade de combater a violência contra a mulher. “É um problema enorme, crescente e endêmico. Não temos ideia de quão grande ele é.” 

Privacidade

Recentemente, ainda segundo o "Daily Mail", Claire afirmou que os pais devem insistir em ver as informações que seus filhos trocam via celular ou internet. “Em um mundo no qual os jovens estão cercados de perigos online, os pais devem desafiar a ideia bizarra de que seus filhos têm o direito de manter esse conteúdo privado”, defendeu.

Cristiana Mattos Assumpção, coordenadora do projeto "Ética e cidadania digital" do colégio Bandeirantes (SP), em São Paulo, afirmou em entrevista concedida em 2011: nunca coloque nada na internet que você não mostraria para sua mãe. "É uma informação que vai ficar lá para sempre, [o adolescente] pode se arrepender depois de tê-la colocado lá. Ele tem que lembrar que está num espaço com um público muito amplo", disse.