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Expressar raiva na internet pode tornar as pessoas mais frustradas, diz pesquisa

Estudo americano diz que reclamar na internet pode aumentar a frustração dos autores da ação - Getty Images
Estudo americano diz que reclamar na internet pode aumentar a frustração dos autores da ação Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

25/03/2013 15h17

Um estudo feito pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, revelou que o ato de expressar raiva na internet (por meio de comentários negativos ou agressivos) tende a trazer mais raiva e frustração aos autores das ofensas.  Ryan Martin, professor de desenvolvimento e psicologia da universidade americana, publicou a pesquisa no periódico científico “Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking” ("Ciberpsicologia, comportamento e rede sociais", em tradução livre).

Martin compara o ato de expressar comentários negativos na internet com o de colocar fogo em um barril de petróleo. “A internet exibe nossos problemas impulsivos mais que qualquer outro meio”, disse.

Apesar de o estudo ter priorizado sites específicos para reclamação, a pesquisa indica que a reclamação de forma desproporcional tem implicações no Facebook, Twitter e até mesmo em blogs e sites de notícias.

De acordo com o autor da pesquisa, a combinação de anonimato com o que ele chama de “distância social” reduz o senso individual de limite e o cuidado com a interação com os outros.

Segundo Martin, sites que funcionam como "sacos de pancada virtuais" acabam reforçando comportamentos prejudiciais aos internautas. “A maioria dos sites encoraja o ‘desabafo’ como uma forma de lidar com a raiva. Eles acham que isso é um método saudável de enfrentar alguma situação, mas não é”.

A pesquisa diz que não há algum problema em ficar nervoso. No entanto, o autor do estudo acredita que a melhor solução é concentrar-se na resolução de um problema, em vez de ficar apenas considerando o lado negativo.

Além disso, ressalta Martin, algumas pessoas estão em risco ao pensar que a internet é um mundo separado da realidade e que o anonimato faz com que elas estejam mais seguras.

Com "The Daily Mail"