Jovem que faria 'elo' entre polícia britânica e adolescentes pede desculpas por tuítes ofensivos
A britânica Paris Brown, 17, foi selecionada recentemente entre 164 candidatos para trabalhar como comissária da juventude no Reino Unido – sua função é estabelecer um elo entre os jovens e a polícia, mostrando às autoridades o ponto de vista das pessoas de sua faixa etária. Mas no domingo (7), menos de uma semana depois de ser nomeada, ela teve de vir a público se desculpar por causa de postagens feitas no Twitter quando tinha entre 14 e 16 anos. Apesar da polêmica, ela não foi demitida e será a primeira jovem a ocupar esse cargo.
Além das desculpas, Paris apagou sua conta na rede social, que continha comentários considerados racistas e homofóbicos, além de detalhes sobre sua vida sexual, consumo de álcool e apologia às drogas. Após a revelação feita pelo “Daily Mail”, a jovem disse ter sido “ingênua e estúpida”. Pelo cargo que ainda não assumiu, a estudante do condado de Kent receberá 15 mil libras (cerca de R$ 46 mil) no período de um ano.
Em um dos posts registrados pelo “Daily Mail”, ela dizia que poderia ser engraçada e amiga ou antissocial, racista e constrangedora – tudo isso quando bêbada. Ela informou, em outro tuíte, que ficaria muito bêbada no sábado seguinte. A jovem chegou a elogiar a camisa de um homem, com estampa de maconha, e comentou como era difícil chegar em casa excitada quando se é solteira. Ela usou termos considerados pejorativos para se referir a gays (“fag” e “faggot”).
“Eu peço profundas desculpas por qualquer ofensa que possa ter causado [...]. Não sou homofóbica, racista ou violenta e sou contra o uso de drogas. Se sou culpada de algo é por me exibir e exagerar no Twitter. Estou muito envergonhada, mas não posso imaginar que eu seja a única adolescente a ter feito isso”, afirmou em comunicado, segundo o “The Telegraph”.
A jovem também deu entrevista à rede BBC e apareceu chorando ao falar sobre o caso.
Ann Barnes, comissária da polícia de Kent, defendeu a jovem dizendo não condenar seus tuítes. “Se o futuro de todos fosse determinado por aquilo que escrevem nas redes sociais entre 14 e 16 anos, viveríamos em um mundo estranho”, afirmou Ann em comunicado.
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