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Smartphone do Google e LG, Nexus 4 é bonitão e possui hardware potente

Divulgação
Imagem: Divulgação

Flávio Carneiro

Do UOL, em São Paulo

30/04/2013 08h00

O Nexus 4, smartphone produzido pela LG em parceria com o Google, já sai da caixa impressionando.  Isso porque ele possui um design limpo e muito bonito.  Em vez de plástico e outros materiais “menos nobres”, a tela do aparelho e a parte traseira são revestidas por vidro, o que dá um ar refinado – e também frágil, podendo não agradar os mais desastrados. Basicamente, o usuário sentirá orgulho ao colocá-lo sobre a mesa do bar, mas precisa ficar sempre atento para o aparelho não cair no chão.

Direto ao ponto

Nome: Nexus 4
Tela: 4,7 polegadas
Sistema: Android 4.2
Memória interna: 16 GB
Memória RAM: 2 GB
Processador: 1,5 GHZ quad-core
Câmera: traseira de 8 megapixels e frontal 1,3 MP
Preço sugerido: R$ 1.499
Pontos positivos: Design elegante, hardware de ponta e Android de última geração
Pontos negativos: Pode parecer frágil, esquenta e não tem 4G

Na parte de trás, sob o vidro, a LG caprichou e colocou um brilho suave em forma de lantejoulas – que passa longe de ser brega. O fato de a bateria ser fixa e a presença de apenas três botões contribuem para o belo desenho do gadget.

O ponto negativo dessa beleza (e do uso do vidro) é a aparente fragilidade do aparelho – hipótese que, felizmente, não foi comprovada em nossos testes. Qualquer celular está sujeito a levar tombos. Se um smartphone feito de plástico já sofre pesados danos nas quedas, imagine o que aconteceria com um aparelho revestido de vidro (ou pergunte a um usuário descuidado de iPhone 4, que ele saberá).

A boa notícia é que o celular usa em sua tela o Gorilla Glass 2: a película promete (e cumpre) dar mais resistência ao vidro. Com isso, a fragilidade da tela pode não passar de uma impressão pessoal (ainda assim os cuidados continuam sendo válidos, pois a parte de trás não tem a proteção do gorila).

Outra característica do vidro usado no aparelho é a baixa aderência. Com o material, o celular fica mais escorregadio que um sapo ensaboado. Foi só fazer uma curva bem leve e devagar com o carro, que o aparelho correu pelo painel e se estatelou em um tapete fofinho (coisa que não acontece com o Galaxy SIII que costuma viajar no mesmo lugar). Dessa forma, as chances de sobrevivência do Nexus 4 em mãos descuidadas não parecem grandes.

Quanto ao hardware, o principal problema é que o smartphone esquenta, mesmo em aplicativos comuns como Youtube ou joguinhos simples. Trata-se de um “morninho”: nada muito incômodo, mas que também não é bem-vindo.

Velocidade

No quesito desempenho, não há o que reclamar do processador 1,5 GHZ quad-core (quatro núcleos) do produto. Feito para concorrer com os smartphones top de linha do mercado, ele não engasga na hora de executar tarefas. Durante os testes, foram feitas várias atividades ao mesmo tempo, como ouvir música, acessar a internet e tirar fotos e nem assim o Nexus emperrou.

Para exigir mais força do hardware, a reportagem interrompeu ações que ainda estavam pela metade, como a abertura de um jogo. Nessa hora, o smartphone precisou de um tempo para pensar, mas nada demais.

As finas bordas do aparelho casam bem com um touchscreen preciso e suave, oferecendo uma boa experiência de manuseio para o usuário. Os botões “menu” e “voltar”, tradicionais no Android, são apenas virtuais nesse gadget. Apesar de isso deixar o celular mais bonito, em alguns momentos ocupa um pedaço da tela (que é de 4,7 polegadas).

Sistema

Falando em experiência de uso, o Nexus 4 é uma boa opção para quem deseja conhecer o Android 4.2 da forma como ele veio ao mundo. Isso porque ele não possui nenhuma alteração das fabricantes de smartphones, como costumam fazer a Samsung, Sony e tantas outras. Quem está acostumado com a interface da Samsung, por exemplo, vai ter um pouco de dificuldade para achar os ícones de configuração do sistema.

Detalhes

A conectividade do Nexus 4 é boa e não emperra no 3G e nem no Wi-Fi.  Porém, ele não possui tecnologia 4G, que já é realidade no Brasil. Isso deixa o aparelho atrasado em relação aos modelos que possuem esse tipo de conexão. Já que o usuário precisa investir cerca de R$ 1.700 para ter o gadget, seria bom se ele pudesse ter o que há de mais moderno no mercado.

Apesar de a memória de armazenamento não ser básica (16 GB), ela não pode ser expandida por um cartão micro SD. Podem parecer apenas detalhes, mas são coisas como essas que decidem quem vence a briga dos aparelhos tops de linha.