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Twitter Music lista as músicas mais populares e recomenda novos artistas

Imagem do #music mostra trending topics mundial de músicas da rede social - Reprodução
Imagem do #music mostra trending topics mundial de músicas da rede social Imagem: Reprodução

Guilherme Tagiaroli

Do UOL, em São Paulo

03/05/2013 06h02

A proposta do Twitter é ser uma espécie de termômetro sobre o que acontece no mundo e conectar pessoas com interesse em comum. Após fazer isso de forma satisfatória com notícias (basta ver os trending topics para saber os assuntos mais comentados naquele momento), a rede social quer fazer o mesmo com a música por meio do aplicativo Twitter Music (ou #music, como a rede chama o programa). O programa traz como destaque uma espécie de trending topics (tópicos mais comentados) de músicas mais ouvidas e recomendações de novos artistas.

Como funciona

Disponível apenas para iPhone (por enquanto, pois a empresa promete uma versão para Android) e limitado a alguns países (Estados Unidos, Irlanda, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Canada), o programa mostra uma espécie de trending topics mundial de músicas baseado em dados de usuários de toda a rede.  É interessante notar que, em vez de fazer um top 10, o Twitter faz um top 140 – o número faz referência ao número de caracteres limite que a rede social permite usar nas postagens.

Apesar de não estar disponível na loja de aplicativos brasileira da Apple, usuários que tenham conta internacional na loja virtual da Apple em um dos países citados acima pode baixar gratuitamente o #music (link para App Store dos Estados Unidos).

O Twitter Music conta com cinco telas: Popular (exibe o trending topics musical), Emerging (mostra artistas pouco conhecidos ou “talentos escondidos” da rede social), Suggested (sugere artistas que você pode gostar), #NowPlaying (lista os artistas mais tuitados pelos seus contatos) e Me (exibe os artistas que o usuário segue no Twitter).

As músicas tocadas no aplicativo – que precisa ter conexão à internet ativa – são fornecidas pelo iTunes, Spotify e Rdio. Por padrão, ele permite acesso a apenas 30 segundos da canção disponibilizada loja de músicas da Apple. Caso o usuário seja assinante do Spotify ou Rdio, o player do #music acessa o acervo desses serviços de streaming online, mas ainda na interface do próprio programa social.

O que é legal

Não é necessário ter uma conta no Twitter para utilizá-lo. Porém, sem as informações do login, o aplicativo não sugere artistas que você pode gostar. De qualquer jeito, é válido para saber quais músicas os usuários da rede estão ouvindo.

  • Reprodução

    Interface do #music lembra uma vitrola tocando um vinil

O #music chama atenção pelo design caprichado. Há uma série de detalhes interessantes como o player de música que lembra um vinil e a função de seleção de artistas. Ao tocar sobre a arte do álbum, ele ressalta a banda ou o cantor em meio ao top 140.

Quanto à parte social, o diferencial do aplicativo é que ele não é invasivo como os serviços de streaming. Nesses últimos, a cada música tocada, eles costumam exibir no Facebook as escolhas do usuário, mesmo que tenha ouvido algum artista por curiosidade. No #music, o usuário só compartilha no Twitter aquilo que, de fato, achar interessante.

O aplicativo não só proporciona descobrir novas músicas, mas também ouvir as canções favoritas de seus ídolos (que também tenham conta no Twitter).

O que é chato

Ao optar por escutar a lista do top 140, o usuário consegue ouvir músicas isoladas de alguns artistas – só as que estão sendo mais tocadas. Não existe uma opção de conhecer o álbum completo.

Outro problema, este não é diretamente ligado ao #music, diz respeito à disponibilidade das canções. Durante os testes, por exemplo, não foi possível ouvir músicas de alguns artistas por limitação regional do sistema de streaming (no caso, o utilizado foi o Rdio). Nessas horas, já que não está disponível, o aplicativo deveria ser inteligente o suficiente e tocar, pelo menos, os 30 segundos de aperitivo oferecido pelo iTunes.

Por ainda ter uma limitação de disponibilidade regional e de plataforma (só está disponível para iPhone), o chato é que quase não deu para ter ideia sobre o que meus contatos do Twitter estão ouvindo. Apenas um perfil dos Estados Unidos resolveu postar no microblog as suas preferências musicais (especificamente duas faixas). Porém, isso deve ser resolvido (ou não) com a popularização do serviço.

Conclusão

A experiência social do #music deve ficar melhor com o aumento de usuários. Isso deve trazer ao aplicativo maiores recursos de filtragem – já pensou se fosse possível ter acesso a uma espécie de trending topics de música de determinada cidade?

Por enquanto, a experiência é satisfatória e pode ajudar os usuários a acharem artistas semelhantes aos que gostam. No entanto, o aplicativo só será relevante se o #music pegar.