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Ajuste no brilho da tela de gadgets evita prejudicar sono, diz estudo

Especialista diz que não ocorre prejuízo ao sono se as pessoas usarem os dispositivos a uma distância de ao menos 30 centímetros do rosto e diminuírem o nível de brilho da tela para abaixo da metade. - Getty Images
Especialista diz que não ocorre prejuízo ao sono se as pessoas usarem os dispositivos a uma distância de ao menos 30 centímetros do rosto e diminuírem o nível de brilho da tela para abaixo da metade. Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

06/06/2013 13h15

Estudos recentes indicam que a claridade intensa emitida pela tela de smartphones e tablets pode atrapalhar o sono dos usuários desses dispositivos. No entanto, outra pesquisa nos Estados Unidos defende que ajustes na luz emitida pelos gadgets podem diminuir e até mesmo evitar que o problema ocorra.

O estudo feito pelo psiquiatra Lois Krahn e publicado no jornal “Medical Daily” mostra que a tela dos smartphones e tablets precisa estar configurada no nível máximo de brilho para alcançar o nível de emissão de luz que afeta a melatonina. É a liberação noturna desse hormônio que regula o ''relógio biológico'' das pessoas.

Ao diminuir o brilho da tela dos tablets e smartphones, o pesquisador observou que eles emitiam níveis de luz bem abaixo do necessário para influenciar na liberação da melatonina pelo organismo.

Sendo assim, Krahn diz que não ocorre prejuízo ao sono se as pessoas usarem os dispositivos a uma distância de ao menos 30 centímetros do rosto e diminuírem o nível de brilho da tela para abaixo da metade.

Dispositivos que emitem mais luz, como o iPad 3, devem ser usados com cautela, diz o especialista. Eles devem ser configurados nos níveis menores possíveis de brilho da tela, caso a pessoa tenha o costume de usá-los na cama antes de dormir. 

Sono prejudicado

Um estudo divulgado pelo LRC (Centro de Pesquisas de Iluminação) do Instituto Politécnico Rensselaer, em Nova York, indica que a iluminação dos computadores modelo tablet pode afetar a qualidade do sono dos usuários. De acordo com a pesquisa, o impacto está associado à forma como essas fontes de luz afetam a produção de melatonina (hormônio produzido sob condições noturnas, que teria a função de regular o sono).

Mariana Figueiredo, líder do estudo, afirmou que o impacto pode ser parecido com o de uma xícara de café antes de dormir. Ela também ensina como identificar os “inimigos do sono” e dá dicas para minimizar o problema. Segundo a pesquisadora, tamanho, brilho e a forma como se usa o eletrônico podem servir como alerta: quanto maior, mais claro e mais perto, pior.