Escola é processada em US$ 2 milhões por 'roubar' do Facebook foto de ex-aluna seminua

A família da estudante norte-americana Chelsea Chaney, 17, abriu um processo contra a escola onde estudou pedindo US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,44 milhões) pelo uso indevido de uma foto em que ela aparece de biquíni. A imagem havia sido publicada pela jovem em seu perfil no Facebook e foi utilizada para alertar os pais de alunos sobre os perigos do que se divulga online.

Segundo a “Fox”, o diretor de tecnologia da Fayette County Public School associou a imagem da jovem com a legenda “uma vez que está lá [na internet], está lá para ficar”. A divulgação foi feita em uma apresentação de PowerPoint , em outubro de 2011, durante seminário sobre segurança na internet. O processo, no entanto, só foi aberto em abril de 2013.

O funcionário da escola se desculpou e afirmou ter selecionado a foto a esmo. Representantes da escola disseram que ele não fez nada de ilegal, ainda segundo a “Fox”. 

“Fiquei envergonhada, horrorizada”, afirmou em entrevista à rede “WSBTV”. “Nunca passou pela minha cabeça que isso aconteceria comigo”, afirmou a jovem da Geórgia, que hoje está na faculdade. Ela admite que postou a foto em seu perfil no Facebook, mas achou que só amigos e amigos de amigos pudessem vê-la.

Antes de entrar com o processo, ela e sua família disseram ter tentado conversar com a escola. “Queria que eles tivessem levado o caso mais a sério e feito um pedido de desculpas mais sincero”, disse Chelsea. Como não consideram que isso aconteceu, levaram o caso à Justiça.

“A ideia de que têm permissão para roubar e carta branca para fazer o que quiserem com algo postado no Facebook está errada eticamente, moralmente e legalmente”, afirmou o advogado Pete Wellborn, que defende a jovem, em entrevista à “WSBTV”. “Eles usaram a imagem fora do contexto para sugerir que Chelsea é promíscua e abusa de álcool.”