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Lumia 1020 tira fotos incríveis; câmera tem recursos para aspirantes a fotógrafos profissionais

Ana Ikeda*

Do UOL, em Nova York

12/07/2013 06h01

Você provavelmente não compraria nos tempos de hoje um celular que não tirasse fotos. Mas será que investiria em um com câmera de 41 megapixels? Pois vá pensando: o Lumia 1020, apresentado nesta quinta (11) pela Nokia, traz esse "exagero" no sensor de imagens. Com Windows Phone 8, o smartphone traz uma supercâmera capaz de fazer inveja a donos de iPhones e aparelhos Galaxy. No entanto, para esses recursos serem aproveitados ao máximo, o celular exige conhecimentos "a mais" em fotografia.

Lumia 1020 tem câmera como destaque; conheça o aparelho

Nos EUA, ele será vendido por US$ 300 (cerca de R$ 680) a partir de 26 de julho – o valor está atrelado a um contrato de dois anos com a operadora AT&T.

Logo na tela inicial do Windows Phone 8, dois blocos são apresentados: o Nokia Smart Cam e o Nokia Pro Cam. A primeira alternativa não exige conhecimento sobre fotografia e faz com que a supercâmera funcione como a de outros aparelhos da marca – ou seja, um desperdício. Já a segunda requer dedicação e serve para aqueles dispostos a encarar ajustes parecidos com os de câmeras profissionais (tempo de exposição, luz, foco e velocidade de captura, por exemplo).

Não à toa, o menu do aplicativo Pro Cam tem um tutorial que ensina muitos desses recursos; além disso, ao mexer nos ajustes, uma prévia de como a imagem pode sair é mostrada na tela . Sem esses conhecimentos, o usuário não irá muito além do zoom da supercâmera, que permite aproximar a imagem para achar os mínimos detalhes na foto – na apresentação do produto, em Nova York, os executivos da Nokia conseguiram encontrar (literalmente) uma agulha no palheiro da imagem digital.

Outro recurso simples, que dispensa conhecimento avançado, é a diminuição do zoom para mostrar o contexto geral. Uma foto tirada da Estátua da Liberdade, por exemplo, pode ser expandida e mostrar toda a ilha onde o símbolo nova-iorquino está localizado.

  • Ana Ikeda/UOL

    Logo na tela inicial, dois blocos são apresentados: o Nokia Smart Cam e o Nokia Pro Cam

Para fotos em ambientes escuros, a Nokia adicionou ao aparelho o Zenon Flash, capaz de iluminar cenas de forma inteligente -- seja para objetos parados ou em movimento. Como ele é bem forte, é preciso guardar uma distância de 1,5 metro do objeto -- como fazemos ao usar câmeras digitais -  para não "assustar" seus amigos nem deixar a foto “estourada’’.

Algumas dessas funções de fotos também estão disponíveis para vídeos -- o zoom é um deles. Mas, novamente, uma câmera mais simples que a do Lumia 1020 pode atender perfeitamente ao usuário menos exigente.

A referência às fotos profissionais é tanta que a Nokia lançou junto com o aparelho uma capinha especial, a Camera Grip: ela vem com um relevo que facilita segurá-la, da mesma forma que uma câmera digital. Também é possível acoplá-lo a um tripé. O acessório ainda não teve preço divulgado.

Fotos gigantes (se quiser)
Ao tirar fotos com a resolução máxima, o smartphone vai gerar arquivos de cerca de 13 MB, segundo a própria fabricante. Se o usuário quiser economizar espaço, a configuração dual capture gera automaticamente fotos com a resolução máxima ou com 5 megapixels -- isso deixa a foto com 2 MB.
 

Nokia Lumia 1020

Tela:4,5 polegadas Amoled com Gorilla Glass 3
Sistema operacional: Windows Phone 8
Processador: Dual-core de 1,5 GHz (Snapdragon S4)
Câmera traseira: Sensor de 41 megapixels (tamanho máximo das fotos é 38 megapixels) e resolução de 7.712 x 5.360 pixels
Câmera frontal: 1,2 megapixel
Memória RAM: 2 GB
Capacidade: 32 GB
Bateria: 2000 mAh
Preço: US$ 300 nos EUA (contrato de dois anos com AT&T)

Ao fazer isso, o Lumia 1020 usa um recurso chamado "oversampling" (reamostra). O smartphone condensa os vários pixels que capturou em um número bem menor, preservando a qualidade da imagem. Com arquivos menores, fica também mais fácil compartilhar as fotos rapidamente em redes sociais -- afinal, você vai querer mostrar para todo mundo como suas habilidades de fotógrafo evoluíram.

Ambiente Windows
Fora a 'supercâmera', o smartphone traz pouca novidade em relação a modelos como o Lumia 920 e 925 -- a ponto de o próprio diretor-executivo da empresa, Stephen Elop, reconhecer que é com a câmera que a Nokia espera bater concorrentes como o iPhone 5 e Galaxy S4.

O Windows Phone 8 é um sistema bastante intuitivo e fácil de ser usado. Depois de adicionar seus perfis em redes sociais no aparelho, há uma integração delas com vários aplicativos, evitando repetições chatas e edições de contatos "na mão". Vale ressaltar que o sistema homogeneiza a experiência dos aplicativos já instalados (Facebook e Twitter, por exemplo), que ficam todos muito parecidos. Caso queira, o usuário pode instalá-los separadamente a partir da Windows Store.

Outro recurso útil é o LiveSight, que usa realidade aumentada aliada ao Nokia Maps para sugerir estabelecimentos e serviços buscados pelo usuário.

O smartphone traz suporte à internet e configurações de hardware medianas. Ele tem processador dual-core de 1,5 GHz, tela de 4,5 polegadas Amoled com Gorilla Glass 3, memória RAM de 2 GB, capacidade de 32 GB e bateria de 2000 mAh.

  • Divulgação

    Foto foi tirada pelo Lumia 1020. Por causa da definição, é possível visualizar detalhes 

"Megapixels" na câmera digital
Quando diz que uma câmera tem 41 megapixels, o fabricante refere-se ao sensor dela. É ele que capta a luz da cena que será registrada na câmera (ou smartphone) e a transforma em pixels (milhares de "pontinhos" minúsculos que, juntos, compõe uma imagem digital).

Portanto, 41 megapixels referem-se à quantidade máxima desses pontos captados (41 milhões de pixels). Quanto maior a concentração desses pixels, melhor a qualidade da imagem. Ainda assim, uma foto tirada com essa câmera não necessariamente terá toda essa quantidade de pixels de resolução: há uma distorção natural entre esses números.

Esse sensor pode variar de tamanho e complexidade -- eles são maiores nas câmeras digitais do que em celulares. Outros fatores também influenciam na qualidade da imagem, como a lente e ISO (sensibilidade do sensor ao captar a luz), que são mais complexos nas câmeras digitais.

* A repórter viajou a convite da Nokia