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JMJ: turistas estrangeiros julgam ''ruins'' serviços de telefonia e internet durante evento

Carolina Gonçalves

Da Agência Brasil, em Brasília

01/08/2013 17h12

Um levantamento divulgado nesta quinta (1º) pelo Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo) mostrou que, durante a Jornada Mundial da Juventude, três em cada dez turistas estrangeiros consideraram os serviços de telefonia e acesso à internet ruins ou péssimos. Foi o quesito com a pior avaliação, conforme o instituto, seguido por limpeza pública (13,3%).

“As críticas giram em torno da dificuldade de acesso à rede e aos custos desse serviço”, explicou Flávio Dino, presidente da Embratur. Segundo ele, a solução para esse problema passa fundamentalmente pelo aumento de investimentos. “Não tem outra saída. As empresas estão perdendo usuários e dinheiro por não investirem em melhorias”, concluiu.

Jornalistas do UOL contam sua visão da jornada

  • Nacho Doce/Reuters

    Durante oito dias, equipes de reportagem do UOL Notícias que ficaram imersas na cobertura da Jornada Mundial da Juventude reuniram impressões e observações das mais diversas.

    Foi um período de convívio com os peregrinos, seguindo de perto a agenda do pontífice e acompanhando as principais consequências do encontro para o morador do Rio de Janeiro.

Na Copa das Confederações, torcedores também haviam relatado dificuldades em acessar os serviços de telefonia e internet. Na ocasião, as operadoras informaram ter registrado picos de ligações e congestionamentos.

Segundo o ministro, o papel da Embratur é clarear, para o governo e para o mercado, o que precisa ser melhorado. “E essa temática da competitividade continua atual. Essa questão só não apareceu tão evidente na JMJ [Jornada Mundial da Juventude] porque o perfil era de um público que usou hospedagem alternativa e que recorreu à alimentação oferecida pelo próprio evento”, explicou.

“O país precisa de uma agenda de regulação e fiscalização dessa questão”, defendeu Dino. Além do monitoramento de preços, o presidente da Embratur defendeu mais investimentos e incentivos. “O turismo é um setor que responde muito rápido. Este ano, o governo anunciou a isenção de equipamentos para parques temáticos e isso já impactou nos preços. Com mais financiamento, crédito e desoneração, o setor vai crescer mais e reduzir os preços”, concluiu.

Os itens com melhor avaliação foram sinalização no Rio de Janeiro (79,4% responderam ótimo e bom), aeroportos (76,5%) e segurança pública (73,2%). Em relação aos preços, um em cada três turistas considerou caro os serviços de telefonia e acesso à internet. De acordo com a pesquisa, os serviços turísticos que tiveram o maior número de críticas foram câmbio (30,1% avaliaram como ruim e péssimo) e menus em outras línguas (29,3%).