Hotspots Wi-Fi: serviço de acesso à internet é alternativa ao 3G

Quem não quer depender da conexão 3G instável pode recorrer aos hotspots, pontos de acesso à internet oferecidos por empresas como Claro, Net, Oi, Tim, UOL e Vivo. No Brasil, por enquanto há quase 23 mil hotspots, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O serviço pode ser pago e ter restrições. Abaixo, você confere como funciona essa alternativa para acessar a internet:

Como sei que existe um hotspot Wi-Fi onde estou?
Você pode descobrir que existe um ponto de acesso perto de você de duas formas. Algumas empresas costumam deixar placas e cartazes publicitários nos locais onde o serviço é ofertado (aeroportos, hotéis, shoppings, bares e restaurantes, por exemplo). Também é possível localizar as redes disponíveis na seção de Ferramentas > Redes Wi-Fi do seu notebook, smartphone ou tablet (em geral, aparece o nome da empresa, por exemplo, “Tim Wi-Fi” ou “UOL Wi-Fi”).

Como saber se uma rede Wi-Fi é gratuita ou paga?
Em geral, as conexões Wi-Fi privadas exigem, além de um cadastro do usuário, a inserção de dados de pagamento como o número do cartão de crédito. Depois, pode ocorrer de pedirem a inserção de dados de senha e login, que são enviados previamente ao seu e-mail. Esclareça aqui outras dúvidas sobre o uso de Wi-Fi gratuito. 

Sempre tenho que pagar para acessar um hotspot privado?
Algumas operadoras oferecem o serviço de forma gratuita para quem já é cliente da empresa em planos de dados. Também é possível que a empresa ofereça um período curto de “degustação” grátis do serviço – em algumas ocasiões, a pessoa terá de preencher um cadastro ou até baixar aplicativos gratuitos, que patrocinam o Wi-Fi. Nos demais casos, o acesso ao hotspot é cobrado de acordo com o tempo de uso (por hora, mês, anualmente, por exemplo).

Posso contratar o hotspot sem ser cliente da operadora móvel que oferece o serviço?
Depende da operadora. Claro, Tim e Vivo permitem apenas que seus clientes contratem o serviço; o acesso ao hotspot também poderá depender do plano de telefonia móvel contratado pelo cliente. Já a Oi permite o acesso de quem não é cliente regular. Fora essas opções, outras empresas oferecem a alternativa sem estar atrelada a operadoras móveis.

Consigo contratar o serviço diretamente do meu smartphone, tablet ou notebook?
Sim, em geral ao tentar conectar-se à rede do hotspot, automaticamente é aberta uma página no navegador de internet pela qual o usuário fará a contratação do serviço.

Como faço para acessar um hotspot pago?
Quando a página de contratação de serviço aparece no seu navegador de internet, é necessário digitar alguns dados pessoais e de cobrança (em geral, via cartão de crédito). Aos clientes de operadoras, pode ser requisitada a digitação de login (e-mail ou número PIN) e senha.

Algumas operadoras, como a Claro e Tim, fazem a conexão automática do smartphone ou tablet de seus clientes à rede Wi-Fi pelo reconhecimento do chip – desde que o dispositivo seja compatível com essa tecnologia.

Há também serviços que podem ser contratados previamente, como é o caso do UOL Wi-Fi. Ao fazer o cadastro no site, o cliente recebe um login e senha, que deverá ser digitado no dispositivo quando for detectada a rede Wi-Fi do hotspot.

Qual a velocidade de acesso do hotspot?
A velocidade pode variar e, no caso de pontos de acesso pagos, algumas empresas podem cobrar preços mais altos para conexões mais velozes.

Questionadas pelo UOL Tecnologia, algumas operadoras informaram as velocidades de seus hotspots. A Oi informou que a “experiência de uso da rede é superior à do 3G”.  A Claro (que tem serviço compartilhado com a Net e Embratel) afirmou que velocidade média de acesso é de 10 Mbps (megabits por segundo). A TIM informou que a velocidade pode chegar a 54 Mbps, mesma velocidade informada pelo UOL Wi-Fi. A Vivo não retornou o contato.

Como sei se uma cidade no Brasil dispõe de hotspots?
O usuário pode checar o mapa dos pontos de acesso Wi-Fi no site da Anatel ou nas páginas das empresas que ofertam o serviço, como Claro, Net, Oi, Tim, UOL, Vivo.

É seguro acessar o Wi-Fi pelo hotspot?
No caso de pontos de acesso gratuitos, é preciso cautela. Segundo Fábio Assolini, analista sênior de malware da Kaspersky, empresa especializada em segurança, é preciso tomar várias precauções básicas ao usar essas redes. "Qualquer dado trafegado nesse Wi-Fi público pode ser capturado por alguém mal-intencionado naquele mesmo local", alerta.

Já no caso de pontos de acesso pagos, algumas empresas podem criptografar (embaralhar) os dados trafegados, para impedir que sejam capturados e acessados, mas nem sempre isso ocorre. Você deve checar com a empresa fornecedora do hotspot pago se ela utiliza esse recurso de segurança.

Como posso proteger meus dados ao acessar o Wi-Fi?
Fábio Assolini, analista sênior de malware da Kaspersky, recomenda o uso de VPN (tecnologia que cria uma espécie de 'túnel' entre o dispositivo e o destino dos dados trafegados na rede). Essa solução, no entanto, não é muito popular e, em geral, é necessário pagar para usá-la.

Ao conectar-se ao Wi-Fi público, o ideal é nunca fazer compras online, usar internet banking, digitar senhas ou acessar e-mails. Verifique também se aparece 'https://' no início do site que você acessa nessa internet pública: isso indica, segundo o especialista, que os dados são criptografados (embaralhados) ao trafegar.